Lá se vai quase uma década desde o início da proposta pioneira do Festivalando de ser uma bússola para os fãs de festivais de música. Uma fração importante dessa história e expertise construída ao longo dos anos concentrou-se nos festivais na Europa, tanto que foi em um já distante verão europeu de 2014 onde tudo começou.
É por isso que, se você está considerando se aventurar em um festival na Europa, o seu ponto de partida é aqui. As informações a seguir vão te guiar até a melhor temporada de festivais do mundo.
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Planejamento para festivais na Europa: first things first
A primeira coisa que você deve saber é quando viajar para um festival na Europa. Há festivais em diferentes épocas do ano, é fato. Porém, quando falamos de festivais na Europa — aqueles que já estão no nosso imaginário e têm apelo o bastante para nos convencer a gastar uma pequena fortuna em euros ou libras — estamos falando dos festivais de verão.
O ápice é julho, com uma variedade tentadora de festivais nos meses adjacentes — junho e agosto. Quanto mais distante desses meses, menos opções e mais distante é o perfil dessa imagem clássica de festival que temos, mas ainda há alguma coisa. Nos meses mais frios, por exemplo, tem uma oferta decente de festivais indoor na Europa e de festivais na neve. Mas pode ser que isso não seja o que você está buscando, então é importante ter em mente como esse calendário se organiza.
Ah, dependendo da época do ano, pode ser também que você se depare com a possibilidade de ver shows na Europa, com turnês de grandes artistas rodando os países da região. O foco aqui são os festivais na Europa, mas não há motivo para ignorar a possibilidade de agregar um bom show a essa lista de possibilidades, não é mesmo?
O roteiro
É importante ter em mente que se o festival for a razão primeira da sua viagem, você vai ter que se organizar em função das datas dele — portanto, não existe nesse caso aquela possibilidade de flexibilidade de datas.
Isso não quer dizer que não é possível incluir outras atividades na sua viagem; muito pelo contrário. Fora o turismo tradicional, que é super possível, dá para fazer roteiros de festivais, combinando mais de um numa mesma viagem, ou até fazer um mochilão de festivais — foi assim que o Festivalando começou.
Só lembre que quem escolhe as datas da sua viagem é o festival e não você, e toda sua organização vai estar presa a isso.
E quanto custa essa brincadeira?
Não custa pouco e, infelizmente, com o passar dos anos e a desvalorização do real, tem custado cada vez mais. Tanto que as estimativas de quanto custa viajar para um festival na Europa mudam tanto quanto flutua o câmbio, tornando difícil manter as contas atualizadas.
Some a isso o fato de os custos mudarem conforme o país onde se realizam os festivais na Europa — zona do Euro, Reino Unido, Escandinávia e leste europeu têm moedas diferentes, resultando em custos diferentes. Mas com as informações do link no parágrafo anterior você tem ao menos uma referência de quais gastos deve incluir no seu orçamento de viagem.
Se quiser referências mais específicas de alguns festivais na Europa, recomendo as estimativas de custo do Primavera Sound, Tomorrowland (incluindo um guia só com o custo dos ingressos do Tomorrowland Bélgica) e Glastonbury.
Vale lembrar que é possível encontrar festivais de graça na Europa em alguns países, o que te dispensa o gasto com o ingresso, mas eles são menos numerosos e menos badalados.
Alguns lembretes úteis para ir a festivais na Europa
Ingressos
O ingresso é a aquisição mais importante quando você está se organizando para ir a festivais na Europa, afinal este é o motivo da sua viagem.
Se compras internacionais não são familiares para você, se informe antes com algumas orientações para comprar ingressos no exterior, principalmente no que diz respeito a métodos de pagamento. Saber dos lugares seguros para comprar ingressos também é fundamental.
Seguro viagem
Lembre ainda que se você vai viajar para festivais na Europa (ou fazer qualquer viagem para a região), é obrigatório ter um seguro viagem. Mesmo que não fosse obrigatório, não vale o risco de viajar sem um. E dentre todos os gastos que você terá em uma viagem dispendiosa como essa, o seguro certamente será um dos gastos mais baixos, quase irrisório em relação aos demais.
Mala
Uma mala para festivais requer itens menos comuns do que em uma viagem convencional, então te recomendo ver uma lista básica do que levar para um festival de música. Se for um festival com camping, um clássico da Europa, confira também orientações sobre acampar em festival.
Companhia
Nem sempre se tem companhia para fazer uma viagem que exige tanto quanto uma viagem para festivais na Europa.
Se bater o receio de ir para tão longe sem alguém com você, vá. Mas leia antes o meu miniguia para viajar sozinha, porque disso eu entendo tanto quanto de viajar para festivais. E, especificamente, veja também as minhas considerações sobre ir a festivais sozinha.
Dezenas de territórios à sua escolha
Se você está com o modo explorador ligado para conhecer os festivais na Europa e tem preferência por determinada região, cidade ou país, não vão faltar opções nas dezenas de países que formam o continente.
Para começar, tem essa lista de festivais em Londres, o meu lugar preferido no mundo. Não muito longe dali, você pode considerar festivais em Manchester.
Na península Ibérica, veja a seleção de festivais em Lisboa, festivais em Madri e festivais em Barcelona. Na Europa central, você pode se aventurar por festivais em Paris, festivais na Bélgica, festivais na Áustria ou festivais na Holanda. Não deixe de dar uma chance à Escandinávia, com estes festivais na Dinamarca e festivais na Noruega.
A Europa é o limite para você? Considere um roteiro do Lollapalooza na Europa. Ou melhor ainda: se jogue no mapa de festivais para conhecer a oferta de outros países (melhor visualizado em desktop).
Alguns dos meus favoritos

É provável que você já tenha em mente um festival específico e pode ser que eles coincidam com alguns dos meus festivais na Europa favoritos por onde já passei. Ou pode ser que você só queira alguma recomendação direta. Aí vai uma série com meus queridos (não necessariamente em ordem de preferência):
Roskilde Festival, em Roskilde, na Dinamarca. Meu primeiro amor de festivais. É o Carnaval à dinamarquesa.
Rock Werchter, em Werchter, na Bélgica. Um dos festivais mais antigos da Europa e carinhosamente chamado por mim de Monalisa dos festivais.
BST Hyde Park, em Londres, na Inglaterra. Meu comfort festival no meu lugar preferido do mundo (já disse isso?), Londres.
Primavera Sound, em Barcelona, na Espanha. Uma experiência monumental. Sem contar que o festival é o melhor guia de Barcelona que você pode ter.
Montreux Jazz Festival, em Montreux, na Suíça. A melhor surpresa que eu tive até hoje no quesito destino de festival, graças às belas paisagens da Riviera Suíça.
Rock in Rio Lisboa, em Lisboa, Portugal. A possibilidade de viver o Rock in Rio de forma light, já que aqui no Brasil a atmosfera do festival é banhada em histeria (no bom sentido).
Brutal Assault, em Jaroměř, na República Tcheca. Foi uma escolha acertada para sair da minha zona de conforto musical.
Sziget Festival, em Budapeste, na Hungria. A verdade é que ele não está na minha lista de favoritos, porque a primeira impressão não foi das melhores. Mas sempre tive comigo o sentimento de que ele merece uma segunda chance e jamais recomendaria ninguém a não ir. O line up é sempre atraente, independentemente das memórias que ele tenha deixado em mim.
Veja vídeos da experiência em alguns desses e outros festivais na Europa nos destaques do Festivalando no Instagram
Crédito da imagem principal: James Genchi/Unsplash