Um mochilão de festivais na Europa é uma viagem que exige recursos demais e, portanto, é mais rara de se fazer. Mas isso não significa que só o outro extremo é possível, ou seja, sair daqui para curtir um único festivalzão famoso. Com a grande quantidade de festivais na Europa na alta temporada e os deslocamentos relativamente fáceis entre determinados países, é possível fazer roteiros de festivais pelo continente.

Eu mesma já emendei um Download Madrid no Rock in Rio Lisboa (o que de fato motivou minha viagem) pelo simples fato de acontecer em um país vizinho ao meu destino original em datas que coincidiam com a minha viagem. Ainda deu pra ir pra Barcelona e só não aproveitei um festival lá (Rock Fest Barcelona) porque era muito similar ao Download, mas se dependesse só das datas seria totalmente possível.

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Roteiros de festivais na Europa: três sugestões testadas

Para aproveitar as oportunidades de roteiro que os festivais europeus oferecem é preciso abrir o leque. Dá para encaixar aquele festival dos sonhos, mas em alguns casos ele vai ser combinado com um evento não tão badalado assim aos olhos do público brasileiro, mas que vai se mostrar uma boa escolha no fim das contas. Você dá espaço para a curiosidade, monta o roteiro prezando pela boa logística e volta com uma bagagem única de experiências.

Já notei esse tipo de arranjo com alguns de vocês que vieram tirar dúvidas com a gente e contaram que os planos de viagem incluem um festival bem famosão e mais um ou outro só mesmo para aproveitar a viagem.

A seguir estão três sugestões de roteiros de festivais dentre muitas possíveis. São roteiros que eu já fiz, repetiria e recomendo. Há duas opções no auge da temporada de festivais na Europa, em julho, e uma terceira opção logo no início da temporada, em junho.

1. Portugal + França com NOS Alive e Lollapalooza Paris em julho

Este roteiro eu fiz em 2023. Cheguei em Lisboa, onde fiquei por volta de uma semana, com uns dias reservados para o NOS Alive, que é um dos principais festivais de Portugal, e sempre com um line up bem atrativo.

Na sequência, fui para Paris, onde também fiquei por uma semana, encerrando minha passagem por lá com o Lolla dos franceses. O line up pode ter algum nome que já passou pelo Brasil (naquele ano vi Lil Nas X e Rosalía, que já tinham se apresentado no nosso Lolla), mas a programação reflete bem o gosto local, provando a minha tese de que Lolla não é tudo igual.

Leia mais sobre minha experiência no NOS Alive e no Lolla Paris

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2. Bélgica + Inglaterra com Rock Werchter e BST Hyde Park em julho

O meu roteiro de 2019 está resumido aí. Naquele ano, finalmente risquei da minha wishlist o Rock Werchter, que estava nos meus planos desde o início do Festivalando, lá em 2014. O pequeno grande festival belga, que acontece em Werchter, a cerca de 40km de Bruxelas, tem sempre um line up blockbuster.

Ainda deu tempo para fazer o clássico roteiro Benelux: um pouquinho de Bruxelas, de Luxemburgo e de Amsterdã, num intervalo de dez dias.

Depois, fui para Londres — com Eurostar Bruxelas-Londres facilitando a viagem. Lá, conheci e me apaixonei pelo BST Hyde Park, festival para o qual retornei em 2022. Simples e direto, ele segue o modelo do Rock in Rio: dois fins de semana com uma grande atração diária e outras bandas de apoio, com ingressos vendidos separadamente. Mas as comparações com o brasileiro param por aí.

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3. Espanha com Primavera Sound e uma esticada na Costa Brava em junho

Aqui eu proponho um roteiro diferente. Em vez de emendar festivais em países diferentes, você combina um festival com uma esticada mais turística no sentido tradicional. Foi o que eu fiz em 2022 (depois de um mês na Espanha eu fui para Londres, no meu retorno ao BST Hyde Park, mas a ideia aqui é focar em um só destino).

Cheguei em Barcelona para o Primavera Sound, que naquele ano aconteceu por dois fins de semana, em razão da pausa na pandemia. Depois, fui para a Costa Brava, região litorânea da Catalunha. Fiquei na pequena Lloret de Mar por mais duas semanas para descansar. Praia, sol, um clima eterno de férias e uma ótima base para explorar a Catalunha. De lá fiz visitas a Girona e Figueres, e consolidei minha paixão por esse pedaço especial da Espanha.

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Este texto foi originalmente publicado em 27 de fevereiro de 2019 e republicado em 19 de junho de 2025 com atualizações

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