Atualizado em 29/04/2019 – Já pensou em sair daqui do Brasil para dar uma espiadinha no Lollapalooza Chile? Pois eu te garanto que vale cada centavo investido na viagem. Na opinião desta blogueirinha que vos escreve, a versão chilena do festival, primeira a se estabelecer aqui na América Sul, em 2011, é a melhor dos três Lollas da região, quando incluídos na comparação o Lolla Brasil e o Lolla Argentina. Se sua decisão de ir para Santiago já está tomada, favorite esta página, pois a seguir você terá as coordenadas básicas para planejar sua viagem para o Lollapalooza Chile.

Vale mesmo a pena fazer uma viagem para o Lollapalooza Chile?

Eu fui ao Lolla chileno duas vezes, em 2015 e em 2019 e digo: VALE. Por isso, VÁ. Vá porque Lolla Chile é <3. É um festival com acesso muito fácil, em uma região central de Santiago, água de graça (fundamental no verão escaldante do Chile) e algumas atrações gringas “de brinde”, que tocam lá, mas não tocam no Lolla daqui (em 2015, por exemplo, o Chile teve Chet Faker e Cypress Hill; em 2019, teve Rosalía).

Se você quer mais detalhes sobre o clima e as condições do festival, pode ler minhas impressões da primeira vez e o relato de como foi o Lollapalooza Chile 2019 (spoiler: o festival conseguiu ficar ainda melhor do que já era. Também uma avaliação da estrutura. No nosso ranking geral de festivais, o Festivalômetro, o Lollapalooza Chile tem nota 8.8 e está no top 5.

viagem para o lollapalooza chile

A seguir, dou mais informações e algumas sugestões para você se orientar no planejamento da viagem:

Ingressos

Os ingressos são vendidos no site www.puntoticket.com. Como em tantos outros casos, o site exige cadastro e há uma área específica para registro de clientes estrangeiros. Normalmente, as vendas para estrangeiros são feitas utilizando PayPal ou WebPay. Se você quiser se precaver um pouco mais, também deixe seu cartão de crédito internacional a postos (e lembre-se de desbloqueá-lo para compras no exterior).

Recomendo acompanhar as redes sociais do Lolla Chile e o site oficial para saber das datas de vendas, pois elas não necessariamente são sincronizadas com as vendas do Lolla no Brasil.

No total, são seis lotes de ingressos. Para dois dias de festival, os valores costumam variar de R$ 500 (Early Bird) a R$ 1.200 (último lote). Se você quer mesmo garantir esse precinho amigo do Early Bird, CORRA e compre (ou tente comprar) assim que as vendas forem abertas, pois este lote de ingressos evapora nas primeiras horas de venda por motivos óbvios.

O lineup completo tem saído entre outubro e novembro nos últimos anos, simultaneamente com o lineup do Brasil e da Argentina. Eventualmente, há uma atração graúda do Brasil que não vai pro Chile ou vice-versa. (Eles tiveram Red Hot Chili Peppers no ano em que tivemos Muse).

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Onde ficar em Santiago

O Lolla acontece no Parque O’Higgins, um dos principais e mais antigos de Santiago, localizado na região central da cidade, como você vê na foto acima. Sendo assim, a sugestão é procurar hospedagem no centro de Santiago, principalmente nos arredores da avenida Bernardo O’Higgins, entre as estações República e Universidade Católica.

Não é só porque você vai estar na região próxima ao local do festival. É também porque nessas imediações você vai ficar muito perto do metrô e também de vários pontos de interesse da cidade, como o Cerro Santa Lucía, o Paseo Ahumada, a Plaza de Armas e o Palacio de la Moneda. O mercado de municipal de também não está muito longe desse ponto. Pra maioria deles, você terá que passar por pouquíssimas estações do metrô. Se for animadx como eu, vai poder até ir a pé.

Se você quer facilitar sua vida, dá uma olhada nesta seleção de hotéis em Santiago que eu fiz pensando em quem vai ao Lolla Chile, incluindo a indicação do hotel onde me hospedei

santiago chile
Plaza de Armas, no centro de Santiago

Na primeira vez que fui a Santiago, fiquei em uma pousada a meio caminho do Parque O’Higgins e a meio caminho da avenida Bernardo O’Higgins; infelizmente, ela fechou. De metrô, foram duas estações apenas até chegar ao Lolla. Como a região tem muitas opções, consegui um arranjo semelhante na segunda vez que fui ao Lolla Chile, em 2019 e fiquei nesta pousada que também fica nos arredores da avenida O’Higgins; foram só três estações até chegar no festival.

Outra vantagem de ficar próximo à avenida O’Higgins é que nela passam algumas das linhas de ônibus com acesso ao aeroporto (mais detalhes adiante).

Quantos dias ficar

Eu fiquei cinco dias em Santiago na primeira vez que fui. Foram dois dias só por conta do Lolla e mais três para turistar. Da segunda, foram seis dias. Três para turismo e três para o Lolla Chile. Em uma primeira visita, esse tempo é suficiente para conhecer os pontos principais da cidade com folga.

Como há muito mais o que fazer se você extrapolar os limites de Santiago, pode ser que nesse mesmo período você tenha que fazer uma viagem mais corrida ou então aumente a duração da viagem para caber mais coisas no roteiro. Por exemplo, é possível ir a Valparaíso ou Viña del Mar (há quem faça bate-volta). Ou visitar o Cajón del Maipo, um cânion dos Andes na região metropolitana de Santiago.

Veja a lista completa com dicas de 33 passeios para fazer em Santiago

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Tive que me contentar em subir o Cerro Santa Lucía para aparecer na mesma foto que os Andes

Como sair e chegar no aeroporto de Santiago

O aeroporto Arturo Merino Benítez está ligado ao centro da cidade por linhas de ônibus regulamentadas que têm pontos de parada nas proximidades de várias estações de metrô, inclusive nas da avenida Bernanrdo O’Higgins, que sugeri como ponto de referência para hospedagem. No site do aeroporto você pode consultar os horários, tarifas e trajetos.

Eu utilizei a linha Aeropuerto – Los Heroes (a estação de metrô onde é o ponto final e ponto de partida do ônibus) e me custou cerca de R$ 15 (ida + volta) em 2019. A dica para conseguir esse precinho menor é já comprar os bilhetes de ida e volta de uma vez só, assim que você chegar no aeroporto. Você compra diretamente com o motorista, dentro do ônibus, no ponto que fica na pista do desembarque do aeroporto. Na volta, os ônibus ficam parados na praça ao lado da estação de metrô.

Comece a sua pesquisa de passagens para o Chile e América do Sul 😉

Como se locomover em Santiago

Santiago é uma beleza de organização para os padrões sul-americanos. Tem uma rede de metrô satisfatória, ao menos para quem vai circular pelas áreas mais centrais da cidade. Circulei bastante a pé pela cidade em diferentes horários do dia e não presenciei cenas horrendas de engarrafamento. Mas mesmo assim acho que o metrô é a melhor opção para grandes distâncias (ou quando o cansaço aperta). Também circulei pelo metrô em horários distintos, inclusive no fim do dia, quando normalmente há pico de movimento, mas não presenciei estações entupidas. Achei tranquilo utilizar o serviço nos dias em que estive lá.

É uma boa fazer o cartão Bip!, que dá acesso ao metrô, assim você não tem que ficar contando moedinhas a cada viagem que vai fazer para comprar bilhetes individuais. É possível adquiri-lo nas estações. Há um custo para o cartão e um valor de carga mínimo. As tarifas do metrô variam de acordo com os horários do dia. Aos sábados, domingos e feriados a tarifa é mais baixa. Você pode consultar todos esses dados no site do metrô de Santiago.

Dinheiro

Eu levei reais. Em qualquer casa de câmbio você vende seus taoqueis com facilidade. E, ao menos no período em que estive ali, consegui trocar dinheiro com base em cotações bem razoáveis. Um lugar bom para trocar dinheiro é na rua Agustinas e/ou no Paseo Ahumada. As duas ruas estão na região central de Santiago, uma faz cruzamento com a outra, e a há uma concentração de casas de câmbio nesse ponto, o que aumenta a concorrência e, consequentemente, melhora as cotações oferecidas aos turistas.

Levar dólar é sempre uma opção também quando se vai para os vizinhos sul-americanos, pois a valorização do dinheiro do Trump é muuuito superior na vizinhança. Eu avaliei que, pelo tempo que ia ficar e pela quantia que eu podia gastar (alimentação e transporte unicamente), não fazia muita diferença. Faça as contas e comparações conforme seu orçamento e suas pretensões de viagem.

No dia do festival

Depois que você já estiver com tudo pronto, prestes a embarcar na sua viagem para o Lollapalooza Chile, lembre-se de dar uma olhada nessas dicas pra sua primeira vez no festival. Toques básicos pra você se orientar no grande dia 😉

Uma dica: se você vai viajar para Santiago, faça agora o seu seguro viagem. É uma forma de garantir que você vai ter assistência em qualquer imprevisto com a sua saúde sem ter que se preocupar com os gastos incalculáveis que um problema desses fora do Brasil pode ter. Aqui você pode pesquisar o melhor preço em várias seguradoras, comprar o que se adequar ao seu orçamento, conseguir um desconto e parcelar sem juros.

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12 Comments

  • Madson Nascimento
    Posted 30 de setembro de 2016

    Oi Priscila ! Primeiramente parabéns pela matéria. Estive procurando sobre dicas e depoimentos de pessoas que foram para o Lolla no chile para ter uma noção do festival e as melhores informações que tive foi com vocês.

    Fiquei com dúvida sobre o preço de alimentos e bebidas (qual era a cerveja ?)

    Estou planejando ir Lolla em 2017 e estou decidindo se vou ao Chile ou Buenos Aires.

    Até porque beber Skol no Lolla Br é foda ! rsrsrs desde já agradeço a atenção.

    • Priscila Brito
      Posted 30 de setembro de 2016

      Ei, Madson! Obrigada pelo elogio. Que bom que o texto está sendo útil pra você.

      Eu fui em 2015 e a cerveja era Corona (mexicana). Acredito que não deve ter mudado, porque normalmente a cerveja está envolvida com patrocínio do festival e esses contratos são fechados por longos períodos. Eu me lembro de ter achado as coisas meio caras lá dentro em comparação ao que paguei em restaurantes de Santiago, mas isso acontece em qualquer festival mesmo. Eu não consigo puxar direito da memória, mas acho que cada ficha valia tipo uns mil pesos (cerca de 5 reais). Devo ter gasto uns 15 mil pesos lá dentro por dia, mas deu pra comer bem (refeição de verdade) e até rolou de comprar um brownie na hora de ir embora porque tinha ficha sobrando. Pelo menos água é de graça, o que já elimina um gasto.

      O Lolla Chile é maravilhoso e tenho muita vontade de voltar. Mas quero muito ir no Lolla Argentina pra conhecer e fechar a conta dos Lollas aqui na América do Sul rsrs

  • Luiz Mauricio Skiter
    Posted 24 de janeiro de 2017

    Olá Priscila, muito interessante sua matéria e será de grande utilidade suas dicas pois vou esse ano para lá, falta só fechar a estadia, nisso gostaria de saber se rolam alguns hostels com descontos para quem vai para o Lollapalooza? Já ouviu falar de algo assim que possa me indicar?

    Agradeço a atenção e tudo de bom.
    Abraços.

    • Priscila Brito
      Posted 25 de janeiro de 2017

      Ei, Luiz. Que bom que as minhas dicas te ajudaram. Eu não sei te dizer se existe esse tipo de desconto em função do Lolla Chile. Quando fui pra lá, fiz pesquisa de estadia por conta própria mesmo e não me deparei com nada desse tipo. Espero que você encontre um bom lugar pra ficar. Como eu disse no post, acho os arredores da O’Higgins uma boa.

  • tulio peixoto
    Posted 5 de setembro de 2017

    Oi Priscila , estou pensando seriamente em ir pro Chile em novembro pegar o Rockout fest e Green day no dia seguinte, minha dúvida é só se vou “apenas” para os shows ou separo alguns dias para turistar la,mas é o seguinte meu medo é ter problemas la na lingua,não dominio totalmente ingles,espanhol entao(eu sei erro meu, culpa minha ,problema meu,deveria ter prestado mais atenção na escola ..rs kk)…,eu fui pro Lolla Argentina nesse ano,foi minha primeira viagem pro exterior e amei a experiência,o pais , buenos aires,festival,cultura ,pra mim era tudo novidade e me encantou , mas não vou mentir que sofri um pouco com a lingua la kkk,mas consegui sobreviver uma semana la ,pelo menos o basico dava pra desenrolar de boa ,só que ,o pouco que conversei la com nossos hermanos ,perguntei por curiosidade se a lingua nos paises vizinhos era igual la da argentina e para minha surpresa disseram que eram um pouco ,dizendo que eles mesmo estranhavam quando iam pro chile ou colombia por ex…. , enfim , queria saber como base na sua experiência o que você acha,da pra ir de “boa”, se virar igual pelo menos basico igual a argentina ou é mais complicadozinho mesmo ?

    • Priscila Brito
      Posted 5 de setembro de 2017

      Oi, Tulio! Que combo você tá aproveitando, hein? Rockout e Green Day. Bom demais. Então, é normal os argentinos falarem desse estranhamento porque tem variação de sotaque no espanhol falado aqui na América do Sul. Eu falo espanhol e considero o sotaque argentino o mais embolado de todos, sempre tenho que me concentrar mais pra entender o que eles dizem na comparação com o espanhol de outros países. Mas isso pode ser também muito do “ouvido” de cada um. De todo modo, acho que essa não deve ser razão pra se preocupar, principalmente porque você já teve uma experiência no exterior e se deu bem. Aproveite, sim, pra passear pelo Chile por alguns dias. Eu amei o país e tenho muita vontade de voltar!

  • tulio peixoto
    Posted 6 de setembro de 2017

    Oi priscila , muito obrigado pela resposta e opinião, consegui falar com outras pessoas que ja foram pro chile e elas tb me encorajaram a ficar mais uns dias la pra conhecer a cidade ,to tomando coragem de fazer isso mesmo eheh. deixa eu so te aperriar mais um pouquinho pra tirar uma dúvida ,sua opinião : o que achou da segurança la ? se sentiu tranquila ?é de boa andar la a pé ?.Na argentina eu achei super de boa , me senti super seguro em nenhum momento tive medo de algo na rua,mas tb eu praticamente so fiquei em palermo e recoleta que são bairros nobres,turisticos ne…e eu so acostumado com isso , moro em João Pessoa ,aqui ta fogo ,igual todas as capitais brasileiras ,infelizmente ne kk..

    • Priscila Brito
      Posted 7 de setembro de 2017

      Oi, Tulio!, De nada. Eu andei com tranquilidade lá e voltei do festival de metrô mesmo. Notei que muita gente inclusive voltou a pé pra casa, porque eu fiquei relativamente perto do Parque O’Higgins, onde acontece o Lolla, e da janela do quarto eu via o pessoal andando na rua em grupos na volta. Por outro lado, lembro que na hora que fui pagar o hotel, teve um problema com o sistema de cartão e precisei ir no banco que ficava lá perto sacar dinheiro. A senhora que me atendia na recepção falou pra eu ter cuidado na hora que saísse do banco. Pode ter sido um alerta pra coisas que eu não cheguei a perceber ou vivenciar. Mas acredito, pela minha experiência, que é possível aproveitar tudo sem muitas neuras.

  • Julita Bittencourt
    Posted 6 de dezembro de 2017

    Boa tarde! Precisa de passaporte pra ir pro chile?

    • Priscila Brito
      Posted 7 de dezembro de 2017

      Oi, Julita. Brasileiros podem entrar no Chile com passaporte ou RG em bom estado. Eu optei pelo passaporte na minha viagem pra lá

  • Julita Bittencourt
    Posted 6 de dezembro de 2017

    Mais uma dúvida, o peso chileno é mais barato que o argentino ne?

    • Priscila Brito
      Posted 7 de dezembro de 2017

      Então, com reais você consegue comprar uma quantidade maior de pesos chilenos do que de pesos argentinos em valores absolutos porque no sistema monetário do Chile tem mais zeros. Mas fazendo a comparação de custos básicos locais (como refeições), o poder de compra acabando ficando muito próximo. Há uma vantagem um pouquinho maior pro peso chileno, mas não é tão gritante quanto faz parecer o valor absoluto das moedas. Tem um site que chama Numbeo, ele é ótimo pra você ter noção dos preços nos países e fazer esse tipo de comparação 😉

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