Bogotá é uma cidade imensa, com um centro histórico em estilo colonial e íngreme que faz qualquer mineiro se sentir em casa, escolas de mandarim por todo lado, muitos grafites, bons (e baratos) festivais de metal e rock e um trânsito intenso. Na hora de buscar um lugar onde ficar em Bogotá, esta última informação é a mais relevante para definir sua escolha. Se sua intenção é usar o transporte público para se locomover, precisa se certificar de que vai escolher um hotel perto de uma das estações do Transmilenio, o sistema de BRT da cidade e forma mais eficiente de se locomover por lá de transporte coletivo.

Usar as linhas de ônibus que não fazem parte do sistema é uma opção mais precária pela estrutura e falta de opção, e caso seu orçamento seja limitado, optar pelo táxi pode pesar um pouco devido aos congestionamentos constantes.

Mas não se assuste com isso. Bogotá era a cidade sul-americana que eu mais tinha vontade de conhecer e não me decepcionou. Ela tem aquele pulsar incessante e agitação urbana das cidades que tanto amo. Quando fui lá para o super cool Estereo Picnic, cheguei num domingo à noite, 8 de março de 2015. TODOS os ônibus da cidade estampavam no letreiro eletrônico a frase “MUJER ES PODER”. Se a cidade já tinha me ganhado antes mesmo de eu ir pra lá, imagina com essa recepção (a mensagem nos ônibus seguiu até meu último dia lá, uma sexta, e depois descobri que durou o mês inteiro).

Entenda o traçado da cidade antes de escolher onde ficar em Bogotá

Entender o desenho urbano da cidade também ajuda. As ruas (calles) são ordenadas numericamente, em ordem crescente, a partir do ponto em que a cidade foi fundada. Até a calle 100 (que pega os bairros da Candelaria e Chapinero) você está perto dos principais pontos de interesse. Tem muitas opções de hospedagem depois disso, entre a 100 a 170 (Usaquen). Não está tão longe assim, mas você já começa a se distanciar da parte central da cidade.

As calles são cortadas pelas carreras, também numeradas em ordem crescente. Até a 19 ficam os limites dos bairros mais centrais e turísticos, mas muita coisa acontece depois disso. O Rock Al Parque, por exemplo, festival fodástico e gratuito que eu e Gra morremos de vontade de ir, acontece no Parque Simón Bolívar, na altura da calle 53 com a carrera 60. O Estereo Picnic, festival que me levou até Bogotá, acontece beeeem mais longe, no Parque 222, advinha, na calle 222.

Chapinero – Perto de tudo

É um dos bairros mais recomendados quando se pensa em onde ficar em Bogotá, pois é cheio de opções. Foi lá que fiquei, neste hostel na carrera 7 com 53, dois importantes corredores do Transmilenio. Tive muita facilidade de deslocamento com transporte público por causa disso – inclusive, o ônibus que vai ate o aeroporto El Dorado passa pela carrera 7.

O hostel tem um preço excelente, o que me permitiu inclusive reservar um quarto individual por um preço incrível. É bem simples, mas vale pelo custo-benefício. Nas proximidades tem restaurantes, supermercados e uma das muitas lojas da Juan Valdez, rede de cafeterias aos moldes da Starbucks, mas com o diferencial de vender o respeitadíssimo café colombiano, considerado um dos melhores do mundo (Ah, e lá tem wi-fi grátis. Guarde essa informação no coração. Tem lojas dessas por toda cidade e sempre que eu estava na rua e passava perto de uma eu parava na calçada pra filar o wi-fi e conferir redes sociais, whatsapp. A conexão é boa e do lado de fora pega).

Outras opções na região pra quem quer economizar são este hostel e este também. Para quem pode um pouco mais, tem esse três estrelas bem moderno e com preço bom, este quatro estrelas e este outro de padrão mais alto. Pra quem pode muito, a região tem dois cinco estrelas de redes mundiais: este e este.

Candelaria – o charmoso centro histórico

A Candelaria é provavelmente a região mais cobiçada da cidade. É lá que fica o centro histórico, charmosíssimo, graças à sua arquitetura colonial e ladeiras. Também é uma zona estudantil, cheio de universidades, então tem sempre aquele movimento de gente ~xovem~. Por ali também ficam muitos pontos de interesse em Bogotá. A Candelaria em si já é um deles, mas também há muitos museus, como o Museo Del Oro, Quinta del Bolívar, além da Plaza de Bolívar e do Centro Cultural García Marquez.

Há muitos hotéis em casas coloniais, o que por si só já é um charme também – já fiquei em pousadas assim em Tiradentes e Diamantina, aqui em Minas, e dá outro clima pra viagem. Hostel tem este e este aqui. Tem esse três estrelas charmoso, esse quatro estrelas, este com preço razoável, uma pousada e até loft.

Zona Rosa – a nata de Bogotá

Este é um pedacinho pequeno de Bogotá, próximo ao Chapinero, que compreende uma meia dúzia de quarteirões, e é uma das zonas mais exclusivas da cidade. Considerado o lugar da classe alta, concentra pubs, bares e restaurantes badalados, além de lojas de luxo.

Apesar da área pequena, a concentração de hospedagens é boa. Tem este hostel aqui, com preço bom, mas um pouco mais alto que os dos bairros vizinhos. Tem este hostel boutique, este três estrelas mais tradicional, um quatro estrelas mais moderno e esse cinco estrelas com um preço até razoável.

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2 Comments

  • Renan
    Posted 22 de março de 2017

    Eu jurava que o Estereo Picnic e o Rock al Parque fossem no mesmo lugar. Um dia desses olhei uma reportagem dizendo que a Colômbia é um dos melhores lugares para você viver sua aposentadoria, onde você vive como rei com 2000 dólares.

    • Priscila Brito
      Posted 23 de março de 2017

      Gente, já tinha ouvido falar que a Costa Rica era um ótimo lugar para viver a aposentadoria, mas não sabia de Bogotá. Já vou começar a traçar meu projeto Terceira Idade em Bogotá! hahaha

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