Uma fonte de água que é uma rosa gigante de plástico, cor-de-rosa, com caule e tudo mais. Ao fundo, um bar que imita a arquitetura marroquina. Visões como essa são fáceis no Folkets Park de Malmö. Tudo que se apresentava aos nossos olhos era colorido, aleatório, Kitsch! – foi o termo final que eu e a Pri conseguimos achar para definir aquilo que não cansávamos de olhar e vocalizar tudo que é tipo de interjeição: “ai”, “nuh”, “nossa!!”, “oh”!

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Um lugar aleatório

Andávamos pelo parque e encontrávamos coisas como um painel de graffiti, chão emborrachado, playground misturado com restaurante, clubinhos de minigolfe parecendo maquetes, uma biblioteca coloridinha. Mais à frente, descobrimos até que o parque tinha uma “transitolândia” misturada a tudo ( o mesmo conceito da que existe em BH, por exemplo, para educação de trânsito das crianças). E, ainda, um pequeno haras de pôneis e uma loja de répteis! Caminhando até a praça de alimentação, nos deparamos com o super totem de pavão. A alcunha Kitsch só se reforçava em nossa cabeça.

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Fotos:Festivalando/ Pri e Gra

 

 

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Kitsch?

No entanto, o termo Kitsch vem da língua alemã com um certo tom pejorativo, o que me fez colocar a interrogação aí no título, pois eu mesma fiquei com medo de fazer um julgamento inadequado. A palavra vem do termo kitschen, [atravancar], e verkitschen, [trapacear] – vender outra coisa no lugar do objeto combinado.

O conceito Kitsch então foi cunhado por críticos da arte e pensadores da estética para falar de cópia e sensações falsas. Por exemplo, você imitar um pedaço de pau em uma almofada de pano seria super Kitsch. O termo ficou atrelado à arte de mau gosto, até que a Pop Arte veio, depois das guerras, e o resgatou dos conceitos calcados em uma visão bem elitista da coisa artística.

Fotografia Kitsch
Fotografia Kitsch Pearltrees

Fazendo justiça ao Folkets Park

Continuando o raciocínio, o Kitsch é atrelado ao consumo de massas e ao popular, aquela arte que de certa forma está acessível a todos os homens e mulheres, nas vitrines e casas comerciais. Também se refere à expressão extrema de sentimentos e emoções. É por aí, então, que vou perdendo meu medo de falar que o Folkets Park é Kitsch, tal como eu, o Festivalando e até você!

E isso faz com que toda a aleatoriedade dele não seja, na verdade, aleatória! Afinal, se é Kitsch, é popular, é do povo! – e Folkets Park se traduz “parque do povo”! Afirmo sem medo e acho fantástico como o conceito desse parque casou com o visual que ele nos apresenta! Sabe aquele dizer “amo sou” tal coisa ou lugar? Não pude deixar de notar por essa foto que, amo sou Folkets Park Malmö! Gente, tô muito Kitsch nela!

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Tudo isso de uma certa forma nos lembrou da nossa infância no Parque Municipal de Belo Horizonte, e nos deixou mais confortáveis ainda com o espaço onde aconteceu o festival Popegoja. Plural no nome e também na experiência que vivenciamos lá – vimos pessoas de diferentes nacionalidades, idades e orientações sexuais.

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Um pouco de história

O Folkets Park de Malmö guarda uma história interessante. Ele é o parque público mais antigo do mundo, um dos primeiros lugares então que o conceito de lazer fora estendido a todas classes e pessoas. O parque foi construído no início de 1800 por Frans Suell, um dos fundadores do porto de Malmö, e tinha apenas uso privado. Em 1891 o espaço foi comprado pela Associação Social Democrata, que inaugurou o Folkets Park como um parque público. A data não poderia ser menos emblemática: o primeiro de maio daquele ano.

Hoje, o parque é uma das atrações mais visitadas da cidade. Com vários gramados convidativos a tardes longas de piquenique com amigos ou familiares. O parque também tem vários restaurantes, abriga um mercado de pulgas em algumas datas específicas, tem exibições de futebol, shows, aulas de dança e uma série de outras atividades. Além disso, é um dos playgrounds preferidos da criançada de Malmö e, ainda por cima, no inverno uma das piscinas é transformada em pista de patinação no gelo! Devo voltar lá nessa época para levar uns belos tombos nessa pista!

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Tiramos fotos desses bloquinhos, também Kitsch, sem saber o que eram os dizeres. Sem querer querendo, saíram palavrinhas suecas muito legais: Söt (Sweet, doce), Kärlek (love, amor), Aktiv (active,ativo), Passiv (passive, passivo).

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Fotos festivalando/Pri e Gra

Para além do Folkets Park

Além de tudo, o Folkets Park tem uma vizinhança muito interessante. E quando o assunto é Malmö como um todo, há mais atrações ainda, como uma praia chamada de Copacabana da Suécia e o festival Popegoja, que nos levou até lá.

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