Eu estava em dívida com a Dinamarca. Não havia ido ao principal festival de metal do país, o Copenhell. Todos os anos acontecia alguma coisa que nos desviava do caminho do festival dinamarquês. Mas o dia sempre chega. Foi na oportunidade de ir para o Graspop que já decidi fazer a dobradinha com o Copenhell, o que funcionou muito bem. O Copenhell 2016 não foi surpreendente, no sentido de que já sabemos da tradição escandinava da boa organização de festivais. Mas foi uma experiência maravilhosa,o que vou te contar agora:
Sol, calor, música boa e gente bonita
Para começar, nada mais maravilhoso do que uma recepção dinamarquesa calorosa – no sentido de condições climáticas, mesmo, uma vez que o verão naquele país às vezes é lastimável, hehehe. Céu limpo e mais de 20 graus quase todos os dias foi uma redenção para quem havia passado quatro dias ensopada no Graspop. Mas, nem tudo que é bom dura, não é? Todas as noites, infelizmente, rolava uma pancada de chuva inconveniente. A pior foi a pancada do primeiro dia, que melou o esquema do show do Scorpions para os menos fãs – eu, por exemplo, assisti a 5 músicas e depois cansei de ficar ensopada.
Nas noites seguintes, rolaram també espetáculos de raios nos céus, mas nada que assustasse os vikings. Já no último dia de festival, a temperatura estava amena e o céu se fechou rápido. Apesar disso, a chuva deu trégua durante a maior parte dos concertos, mas veio em forma de garoa bem fininha durante o show do Black Sabbath – talvez o país demonstrasse assim o quanto estava emocionado em acolher o show de despedida da primeira banda de heavy metal do planeta.
Seriedade e simpatia podem estar juntos
Outra coisa que sempre me intrigou é como os dinamarqueses conseguem fazer tudo funcionar, mesmo lidando com todas as coisas de um jeito muito leve: a gente entra no ônibus e motorista nos cumprimenta, pergunta como foi a noite do metal, fala que aquele é o expresso do metal, que conduz de tal a tal lugar e que era uma pena que não poderia deixar cada um de nós em nossas casas.
Há também os seguranças que te recebem sorrindo com ‘ horns up’ e ainda os atendentes de bar que fazem uma brincadeira ou outra, dão aquele chorinho de vodka quando a gente pede. Toda a cidade parece funcionar de forma diferente, apesar de ser cosmopolita e não depender do festival. Mas, mesmo assim, os fiscais do metro pegam leve, do trem também. Todo mundo está interessando em deixar os visitantes a vontade e terem uma das melhores experiências de festival.
Um festival na medida
Existiu uma expectativa de que o Copenhell fosse muito maior, em termos de área e de palcos. Afinal, eles se nomeiam o maior festival de metal e hard rock da escandinávia, né?!Mas, na verdade, é um festival aconchegante, na medida certa. Os palcos são pequenos, quase um do lado do outro – daí entendi o fato de quase não haverem clashes de horários, bem como o line up relativamente enxuto com relação aos demais festivais. Mas sabe o que acho disso? Acho bom, pois chega o final do festival e não estou totalmente consumida. Não tive que andar quilômetros para ir de um palco a outro, como acontecem em grandes festivais, como o Wacken. Como estava conversando com um sueco, o Copenhell é um festival fácil. Tudo está ao seu alcance e isso convém muito, ainda mais em meio a uma maratona de festivais. Por isso, o Copenhell é um ótimo festival para fazer dobradinha ou colocar no roteiro da sua #FestivalTrip!
Como sempre, os dinamarqueses possuem lugares cativos no coração aqui do festialando. Ao final, temos que concordar com quem fez isso que registramos na foto abaixo:
4 Comments
Renan Esteves
Ano que vem o bizu é ir para o Tuska Open Air, que é depois do Copenhell. Quando me organizar financeiramente, com certeza vou fazer um tour escândinavo via Sweden-Copenhell-Tuska. A escândinávia é um lugar que me encanta bastante, apesar de não conhecer ainda.
Gracielle Fonseca
Ei, Renan! Massa essa dobradinha Copenhell e Tuska! Boa pedida! bjão!
Wilson
Oi Gracielle! Prazer em te conhecer no Copenhell! Recomendo ir para o Bloodstock Festival na Inglaterra, é muito massa este Fest!
Gracielle Fonseca
Olá, Wilson!!! O prazer foi meu, querido!!! Esperamos te encontrar em mais fests! E sim, o Bloodstock está na nossa mira. De pouquinho em pouquinho vamos dominando esse mundo dos festivais de metal 😉
beijão!!!!!