Eu tentei buscar uma linha diferente de observação do NOS Alive, mas vou precisar me repetir. Assim como o Rock Werchter, na Bélgica, o festival português que acontece em Oeiras, a cerca de 15 minutos de trem de Lisboa, me causou o efeito Monalisa.

É um efeito particular da minha história pessoal com o quadro (e suponho que de outras pessoas também). Eu cresci achando que o quadro era enorme, vinculando as dimensões à importância da obra, mas me surpreendi com o tamanico da pintura original quando a vi no Louvre. De todo modo, a grandeza é indiferente ao tamanho.

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Uma Monalisa portuguesa, com certeza

Pois, assim como achava que a Monalisa era grande por causa de seu peso histórico e que o Rock Werchter era um festival de área vasta por sempre ter um line up superestrelado, eu também passei os últimos anos pensando o mesmo do NOS Alive, pelas mesmas razões.

Ao finalmente conhecer um dos festivais que há muito habitava a minha wishlist, me deparei com um evento de dimensões físicas pequenas e, em contraste, uma grande experiência.

Mais que o line up, que assim como em anos anteriores, consegue sempre abocanhar alguns dos principais headliners da temporada de festivais de verão na Europa, o funcionamento geral do NOS Alive é harmônico (conflitos de horários de alguns shows à parte). Claro, o tamanho tem muito a ver com isso, mas não só.

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É tudo descomplicado

Chegar até Oeiras partindo de Lisboa é rápido e simples de trem. A entrada do festival está a poucos metros de caminhada da estação. São só dois palcos com as grandes atrações pra se preocupar e um terceiro (tenda eletrônica) para dar uma espiada. As distâncias são curtas lá dentro, os banheiros têm ótima infraestrutura, tem água disponível e carregadores de celular. Fica fácil aproveitar o festival assim e sair considerando que se teve uma experiência de bom tamanho.

Vale a pena investir em uma viagem para o NOS Alive

Quem busca viajar para algum festival na Europa e prioriza mais o line up e a experiência do que necessariamente o nome do festival, o NOS Alive é uma boa escolha.

Não é badalado por aqui, mas tem line up poderoso que vai direto ao ponto. O preço do ingresso é bastante razoável quando feita a conversão em reais. Em 2023, o passe de três dias custou 179 euros (cerca de R$ 960 na cotação de 12/7/23), menos que a meia entrada de um Lolla Pass.

É claro que o preço da passagem é outra história e torna a conta dessa viagem bem mais cara, mas isso não tem relação com o festival. Aquilo que cabe ao evento tem uma grande entrega dentro de um formato enxuto.

Saiba quanto custa viajar para o NOS Alive

Crédito da imagem principal: José Fernandes/Divulgação

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