Há festivais que são super descomplicados. Formato enxuto, localização central, acesso fácil, tamanho reduzido, conceito simples. Quando é assim, os desafios pra estrutura não são monumentais. Mais ainda quando se tem patrocinadores de pe$o. É este o caso da estrutura do British Summer Time Hyde Park, em Londres.

Simplesmente chamado pelos londrinos de BST Hyde Park, o festival é simples em sua proposta, tem o patrocínio de um dos principais bancos britânicos e o resultado na estrutura fica dentro do esperado para um cenário como este, apesar de um alguns pequenos pontos de deslize.

Acessibilidade: um destaque da estrutura do British Summer Time Hyde Park

Como já está virando costume nas avaliações do Festivalômetro, vale a pena abrir um parêntese para destacar algum elemento que não esteja na nossa avaliação padrão, mas que seja igualmente relevante e variável de um festival para outro.

No caso da estrutura do British Summer Time Hyde Park, há duas estrelas douradas, ambas relacionadas à acessibilidade:

1. Balcões de antedimento com um nível ligeiramente mais baixo para atender cadeirantes presentes em todos os bares e restaurantes do festival
2. Tradução dos shows do palco principal para a linguagem de sinais com uma intérprete visível pelos telões

Agora, enfim, vamos à avaliação dos quesitos de sempre:

Transporte

A tarefa do British Summer Time Hyde Park com o transporte é moleza. Com cinco estações de metrô em todo o largo entorno do Hyde Park, só mesmo um festival sendo absurdamente amador para transformar o uso do transporte num desastre. Felizmente, não é o caso do BST.

É fácil chegar e sair. Usei a estação Marble Arch e a caminhada para dentro do parque e até a área de revista foi super rápida e intuitiva. Não marquei o tempo, mas certamente não precisei sequer de cinco minutos nesse trajeto.

Na hora de voltar não é preciso pressa em nenhum dos três dias em que o festival acontece – sexta, sábado e domingo, em dos fins de semana. Na sexta e no sábado, cinco linhas do metrô de Londres funcionam 24 horas, incluindo as que têm estações de acesso ao Hyde Park (linhas Picadilly, Central, Jubilee e Victoria).

No domingo, quando o metrô opera até por volta da meia-noite (há variações conforme a linha), o show principal termina às 22h15, sobrando tempo hábil para usar o metrô que – reforçando – tem estações a uma curta distância das saídas do parque.

Informações

O site do BST Hyde Park é um pouco limitado em informações práticas e não muito intuitivo. Por mais que o festival seja bem descomplicado e exija pouca preparação prévia por parte de quem vai, acho que faltou capricho nesse quesito. Ao menos recebi um e-mail com um super FAQ um mês antes.

No dia do festival em si, o principal recurso informativo é o aplicativo oficial, que atende bem para o básico. O destaque in loco ficou por conta dos grandes painéis de LED que sinalizavam áreas importantes (saídas, banheiros), horários dos shows e alguns toques úteis (eles informavam, por exemplo, os horários de mais fila nos bares e restaurantes, sugerindo que você evitasse esse período específico).

Hidratação e Comida

British Summer Time
Tom Hancock/British Summer Time Hyde Park

Felizmente, água de graça vem na configuração padrão da estrutura do British Summer Time Hyde Park, assim como nos outros festivais em Londres que visitei, o Lovebox e o Citadel. É permitido também entrar com a própria garrafa, desde que vazia e de até 500 ml.

Por outro lado, não é permitido entrar com comida. Lá dentro as opções de alimentação são até diversificadas, porém caras. Isso é de se esperar de qualquer festival. Mas chamou atenção o fato de alguns preços serem ainda mais caros que nos outros festivais que visitei no mesmo fim de semana. Notei, por exemplo, que uma mesma lanchonete, presente no BST e no Citadel/Lovebox, vendia churros a 5 libras no primeiro contra 4 libras nos outros dois.

Quem não quiser ou não puder de modo algum gastar com alimentação lá dentro ao menos se beneficia do comércio fora do parque. Como é uma área turística, há muitos restaurantes e fast foods no entorno do Hyde Park, com preços mais em conta e abertos até tarde, inclusive após o término do festival.

Conectividade

Havia wi-fi aberto na área do festival. Porém, apesar do meu celular indicar estar conectado, não consegui navegar nem usar redes sociais. O que me salvou foi o meu 4G, que não sofreu nenhuma interferência na área do Hyde Park.

Limpeza e Banheiros

As áreas de bares e restaurantes, bem como os espaços de circulação geral, estavam mais bem servidas de lixeiras, devidamente usadas pelo público. Mas o mesmo não se observou na área do Great Oak Stage – o palco principal. O resultado foi um mar de plástico ao fim do festival.

Os banheiros, por sua vez, deram um show. Eram de água corrente, com pias, sabão e espelho (traduzindo: agradáveis de usar). Mais que isso, eles ficavam em uma área ampla, com um plano de circulação muito bem pensado (grades formando caracóis), o que evitava filas.

Segurança

Assim como no Lovebox e no Citadel, havia uma restrição bastante rígida com relação ao tamanho de bolsas e mochilas. Elas não deveriam ultrapassar o tamanho aproximado de uma folha A4, tudo isso para reduzir ainda mais o risco de entrada de itens potencialmente perigosos e também para agilizar a revista. Menos objetos carregados, inspeção mais rápida. Fora a revista nas bolsas, todo mundo passava por um detector de metais na entrada.

Conheça mais detalhes do BST Hyde Park nos destaques dos stories do Festivalando no Instagram

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