O Popegoja aconteceu na Suécia e foi meio que um evento de “brinde” aqui na escandinávia. Digo brinde pelo fato de ser gratuito e também de ser um festival acessório nessa região, uma vez que não é um dos principais do roteiro da escandinávia e é tão indie quanto as atrações que traz. Mas, nem por isso ele deixou de ser muito legal. E, da mesma forma que os demais, achamos o evento digno das análises de altos e baixos de festival. Desde o início o chamamos de baby indie – era apenas o segundo ano dele e as proporções eram dignas de um bêbê fofinho mesmo.

Estávamos embaladas pela loucura que foi o Roskilde Festival, em Roskilde, na Dinamarca, quando chegamos ao Folkets Park, em Malmö, cidade sueca em que o Popegoja acontece desde 2013. Por vários motivos o festival foi uma oportunidade para descansar, dormir mais, comer melhor e escutar algo diferente de dubstep 24 horas ( gente, o Roskilde não é só dubstep, eu que sou implicante mesmo, hahaha). O clima amistoso, multicultural e o verão ameno de Malmö nos fez ter experiências muito agradáveis. Conhecemos boa parte da graciosa cidade, fizemos amigos, até fomos à praia! Foi muito bom esbarrar no Popegoja na nossa aventura.Então,vamos ao que interessa: o Festivalando separou 5 pontos altos e 5 baixos do Popegoja – mas confesso, foi difícil estabelecer 5 pontos baixos, pelo fato de nem ter tantas coisas muito ruins assim… da mesma forma, apenas 5 pontos altos pareceu ser pouco!

Altos:

De graça

Olha, de graça na escandinávia, diria eu que definitivamente até injeção na testa! Ou qualquer coisa esdrúxula dessas! Aqui é sempre tudo muito caro. Shows de bandas menos famosas não custam menos do que 100 reais, geralmente. Portanto, ter podido assistir a vários shows de qualidade num fim de semana certamente fez o pacote da experiência Popegoja ser ainda mais compensador.

Descobertas musicais

Por causa do Popegoja foi possível entrar em contato com facetas da música independente sueca e descobrir muitas coisas legais. A Pri até fez uma lista de destaques aqui. E se para você a Suécia era apenas Abba, Roxette, artistas do Eurovision e por aí vai, é mais do que recomendando que você também explore os perfis no Soundcloud e Spotify das bandas que tocaram no Popegoja de 2014. Além dessas que a Pri destacou, eu também colocaria o pessoal do Ursprunget e também da banda Bruce. Agora, para além da música indie que a gente falou aqui, a Suécia é definitivamente muito mais musicalmente falando… se fossemos falar de heavy metal e rock então… eita Suécia <3 mas vemos isso em outro post.

Alto valor turístico de Malmö

Malmö é muito turística. Fomos à Praia, a Copacabana da Suécia ou Ribersborg beach – foi uma delícia poder recarregar as energias nessa praia! À caminho, também encontramos o Turning Torso, um dos prédios mais altos e de arquitetura mais ousada em Malmö. Além disso, o próprio Folkets Park, local em que o festival aconteceu, e seus arredores são pontos que não podem ficar de fora do seu passeio pela cidade. A estação Triangeln, a Igreja de Sankt Johannes, Mollän, um dos bairros mais legais da cidade, a Möllevångstorget, praça em que existem inúmeros bares e restaurantes internacionais – todos esses pontos ficam a menos de 10 minutos de caminhada do parque! A gente até fez um post muito legal sobre esse bairro aconchegante que é Mollän.

Ribersborg beach, suécia
Ribersborg beach, Suécia

Clima de piquenique

Foi bem assim, em clima de piquenique que passamos as tardes no Popegoja. Até levamos a canga que virou toalha improvisada para nosso lanchinho com bolachas, frutas… todo mundo parecia fazer o mesmo e o gramado era bem convidativo para tanto. Tinha gente até arriscando churrasquinho em churrasqueiras descartáveis. Faltou alguém tirar de algum lugar um frango com farofa para ficarmos mais à vontade ainda!

clima de piquenique no popegoja
Clima de piquenique no Popegoja Festival. Foto: Gracielle Fonseca

 

 

Localização e acesso

O Folkets Park é muito central. Perto das estações de trem e metrô, servido por um tanto de linhas de ônibus, com estrutura de ótima qualidade e horários muito fartos. Além de estar tão perto de todos pontos turísticos que citamos acima, o parque ainda fica logo de frente para um supermercado “baratinho” e também perto de um dos hospitais da cidade, caso você seja daqueles que se preocupam muito com a saúde. O acesso é muito fácil e já te contamos nesse post aqui como faz para ir de Copenhague para Malmo. Tão rápido quanto o pulo que você tem que dar para esse post aqui e ler todas as dicas.

estação triangeln na Suécia
Estação Triangeln, Malmö. Foto: Gracielle Fonseca

Baixos:

Chocolate quente de 40 reais

Vou implicar com esse chocolate quente até o dia da minha morte, já sacaram né? Mas fiquei realmente assustada com um copo de apenas 300 ml de chocolate quente custar aquilo tudo. Ainda mais pelo fato de que saímos do parque e compramos no supermercado uma refeição completa para 3 com o dinheiro que pagaríamos nesse único e cacete de chocolate quente. Sério, para ter esse preço, o leite só pode ter sido trazido de uma vaca sagrada da Índia e o chocolate encontrado na tumba de algum antigo sacerdote Asteca!

Informações

O site do Popegoja é todo em sueco, logo, indecifrável para nós. E que o google me desculpe, mas a tradução automática é bem esquisita também. Bom, fomos pairando em termos de informações sobre palcos, bandas, existência de atrações para além dos shows…
Quando chegamos ao parque não foi menos pior. Discretos cavaletes em alguns pontos nos diziam a horários e distribuição das bandas pelos palcos…em Sueco! Na entrada do parque haviam cartazes do festival misturados a um turbilhão de outros cartazes que concorriam para a nossa atenção. Não curtirmos essa sensação de não ter o controle sobre as coisas que acontecem, rs.

informações popegoja

Apresentações curtas, super pocket shows

A maioria dos shows nos deixou um gostinho de quero mais bem forte. Eles duravam em média 15 a 25 minutos. Daí, quando a banda era muito boa a gente não conseguia se recuperar do sentimento de “pqp, mas já acabou?” . Foi traumática a separação tão rápida entre nós e as nossas mais novas bandas preferidas do indie sueco.

Pouca coisa para se fazer entre os shows

O parque era cheio de firulinhas, mas a maioria voltada para o entretenimento infantil. Havia restaurantes também, mini golf, mas tudo isso nos requeria uma reserva de coroas suecas da qual não gostaríamos de dispor – e nem tínhamos, hahaha. Então, como os shows eram muito curtos e os intervalos nem tanto, não fizemos muitas coisas além de deitar na grama e esperar. Também andamos, tiramos foto, conhecemos pessoas… mas o parque era pequeno e, toda a imensidão do Roskilde e quantidade de atrações parece ter deixado em nós um vazio irremediável. Apesar de não curtirmos tanto a overdose de atrações nos festivais, sempre é bom ter uma feirinha ali, uma firulinha aqui para a gente não morrer de tédio. E isso não tinha no Popegoja.

Conectividade baixa

O Popegoja não foi como a maior parte dos festivais. Sem chance de você encontrar um wifi por lá ou ponto de energia para carregar o seu celular. Mal acostumadas com certa oferta encontrada no Roskilde, ficamos #chatiadas de não mostrar nossas fotos e observações em tempo real para vocês. Inclusive, seria um ótimo passa tempo entre um show e outro. É, por um lado isso poderia ter sido até um ponto um pouco positivo, de ficar longe da internet por algumas horas… mas não, não achamos bom pois não era isso o que nos propusemos nessa aventura.

E você, já esteve no Popegoja? Teria pontos altos e baixos para adicionar, concordar ou discordar? Comente =)

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