Março já se tornou o mês dos grandes festivais internacionais na América do Sul, com um circuito que inclui o pioneiro Estereo Picnic, a trinca de Lollas (Brasil, Chile e Argentina) e o caçula Asuncionico.
Se ampliarmos o espectro geográfico para a América Latina, esse circuito também cresce, graças ao México. Não com um, nem dois, mas quatro festivais, em um circuito próprio para chamar de seu.
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Vive Latino, uma instituição dos festivais do México
O Vive Latino é o mais longevo dos festivais nesta lista. É realizado desde 1998 na Cidade do México. Por algum tempo, teve como sede o Foro Sol, um terreno consagrado por receber inúmeros shows históricos para multidões. Atualmente é realizado no Autódromo Hermanos Rodríguez.
Ele nasceu impulsionado pelo fortalecimento da cena de rock em espanhol no fim dos anos 1990, sendo esta uma de suas marcas até hoje. Consolidou-se ao longo dos anos ao dar espaço para artistas de pesos diferentes, dos emergentes aos grandes, e chegou até aqui fortalecido pela grande bolha de festivais dos últimos anos.
Já há vários anos o cartaz dá espaço para os principais nomes internacionais que estão em turnê no período, inclusive alguns que vemos chegar até os festivais daqui da América do Sul. Fun fact: desde 2019 o Vive Latino tem um palco dedicado à clássica luta livre mexicana.
Ceremonia, instantâneo do presente
Criado em 2013, o Ceremonia acontecia na cidade de Toluca até antes da pandemia. Desde 2022, mudou-se para a Cidade do México. O que se manteve foi sua linha musical: foco maior no hip hop, pop latino e música eletrônica. Em resumo, um festival bastante contemporâneo, com um retrato da cena musical atual. Com isso, se tornou gradativamente um dos festivais mais concorridos do México.
Tecate Pal Norte, o leão gigante
O Tecate Pal Norte nasceu em 2012, em Monterrey, no Nordeste do México, e carrega o título de primeiro festival do tipo nessa região do país. Começou pequeno, com apenas um dia e 16 artistas, com foco exclusivo no rock nacional.
Com o passar do tempo, mais de dez anos depois, se transformou em um gigante que abraça gêneros diversos e nomes internacionais. Em 2024, o festival receberá mais de 150 artistas ao longo de três dias em nove palcos, dentre eles um palco acústico, um palco de parcerias/encontros musicais e um palco surpresa.
Pitchfork CDMX, o estreante
A novidade no circuito de festivais no México em março é o Pitchfork, que em 2024 ganhará uma edição local, na Cidade do México. Ela se soma ao original Pitchfork Chicago e às versões europeias em Paris, Londres e Berlim. A proposta é distribuir o line up por clubes noturnos da capital do país.
Interessante notar que o Pitchfork chega ao México para preencher um espaço que estava vago em março desde a retomada dos festivais no pós-pandemia: a do festival com pegada mais underground. De 2010 a 2020, quem desempenhou esse papel foi o NRMAL, mas o evento não conseguiu retornar às atividades depois da pausa imposta pela Covid-19.
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Crédito da imagem principal: Joel Reyer/Unsplash
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