Enfim, voltaremos a ter um segundo semestre de festivais no Brasil como costumava ser: lotado e movimentado. Dos destaques locais e megafestivais às estreias gringas, vai ter de tudo. Desse “tudo”, separei três festivais que têm particularmente chamado minha atenção recentemente para ilustrar o que nos espera nos próximos meses.
CoMA – Brasília (DF), de 4 a 7 de agosto
O CoMA vem com um pacote diversificado e diferente do que a maioria dos festivais por aqui oferece ao público. Além dos shows, a programação deste ano inclui obras e performances artísticas, ballroom e uma conferência que convida todo mundo a pensar sobre o ecossistema e o mercado da música.
Sarará – Belo Horizonte (MG), 27 de agosto
Chegando à nona edição, o Sarará está crescendo, e não é só no line up turbinado com encontros no palco que vão reunir até cinco artistas em um mesmo show. O festival anunciou sua expansão física dentro da Esplanada do Mineirão, a sua “casa”, com três novos palcos que pretendem apresentar artistas em ascensão e fomentar diferentes estilos musicais.
Para o público mineiro, vai ser uma nova chance de vivenciar plenamente um festival focado na cena nacional e local, depois de o Breve Festival, com proposta semelhante, ter gerado grande insatisfação, em abril.
AFROPUNK – Salvador (BA), 26 e 27 de novembro
A relação do AFROPUNK com o Brasil, e em especial com Salvador — escolhida para sediar o festival por ser a cidade mais negra do mundo fora da África — tem tudo para ser duradoura. Do cancelamento da estreia em 2020 por causa da pandemia a uma edição híbrida e com público limitado em 2021 para uma programação de dois dias em 2022, é uma persistência e um grande salto que faz muito sentido para projetos que pretendem ser de longo prazo.
O line up está sendo anunciado aos poucos, e a promessa é de mais de 30 atrações nacionais e internacionais, além de novidades e outras vertentes de potencialização da cultura negra além da música, como moda, beleza, empreendedorismo e gastronomia. Entre as atrações já confirmadas, Emicida, A Dama com participação de MC Carol, Baco Exu do Blues, Liniker, ÀTTØØXXÁ com Karol Conká, Psirico e Black Pantera.
Vem aí também
Difícil não mencionar que o segundo semestre também será marcado pela estreia do Primavera Sound e do Knotfest no Brasil. O Primavera Sound gera expectativa, principalmente, pelo possível impacto que pode gerar no Lollapalooza — o Popload já foi afetado pela chegada do festival europeu no Brasil e precisou mudar sua data tradicional, do dia 15 de novembro para o dia 12 de outubro. E o Knotfest merece menção honrosa, por estar segurando firme e forte as suas datas no Brasil desde 2020.
Ah, tem também aquele certo festival carioca, com toda a comoção e histeria que ele sempre provoca, desta vez intensificadas por um intervalo de três anos desde a última edição.
O calendário de festivais no Brasil, sempre em atualização, tem mais eventos que vão rechear a reta final deste ano histórico, em que finalmente vamos conseguir chegar ao fim com os festivais se realizando sem limitações, do jeito que foram concebidos para acontecer.
Crédito da imagem principal: Pedro Lacerda
