Encontrar hospedagem no Rio de Janeiro não é das tarefas mais fáceis, ao meu ver. Opções não faltam, pois estamos falando de uma cidade historicamente turística, mas os preços não são nada animadores: o Rio é uma cidade surrealmente cara. Em um período de demanda maior que o normal, pode ficar ainda mais difícil, como foi recentemente, quando eu e Gra tivemos que encontrar hospedagem para o Rock in Rio.

Com um help valioso da Carla Boechat, carioca e autora do Fui, Gostei, Contei, tivemos uma bússola para orientar melhor nossa busca e acabamos chegando ao Contemporâneo Hostel, um hostel modernete instalado em um casarão em Botafogo, na zona sul do Rio. Ele foi nossa casa durante os dez dias em que nos dividimos entre a Cidade do Rock, praias, Angra dos Reis, Lapa e muitos #VideoSelfies pra vocês 😛

Seguem as minhas impressões sobre o Contemporâneo Hostel:

Pontos positivos

  • Localização: eu e Gra escolhemos botafogo porque nossa intenção era ficar perto de algum ponto de embarque do transporte Rock in Rio primeira classe para facilitar nosso deslocamento até o festival, que era nossa prioridade. Já teria sido conveniente a proximidade com o embarque do ônibus, que saía do Botafogo Praia Shopping, a uns cinco minutos do Contemporâneo. Só que a localização é realmente ótima para qualquer turista no Rio: fica a um quarteirão do metrô e a poucas estações do centro e das praias de Copacabana e Ipanema, por exemplo. Fica perto de points turísticos no deslocamento de táxi também. Pagamos R$ 18 num táxi saindo da Lapa às 3h da manhã. Além disso, Botafogo é o tipo de bairro de que eu gosto muito: movimentado, com bastante comércio à disposição (restaurantes, supermercados, farmácia, etc), mas que conserva o clima dos moradores locais, com jeito de “vida normal”, mesmo numa cidade tão turística quanto o Rio. Pra quem faz questão de um cartão postal, dos arredores do hostel é possível avistar dois a partir de simples caminhadas na rua: o Pão de Açúcar e o Corcovado.

  • Café da manhã: incluído na diária, é básico: pão, frios, bolo, fruta, suco, manteiga, café, leite, achocolatado, geleia e uns biscoitinhos. Mas tem dois detalhes valiosos. Primeiro, é o jeito caseiro da produção: pão e bolo são feitos no próprio local e assados na hora. Achei isso uma preciosidade e de um esmero elogiável (já fiquei em hotel cinco estrelas que serve café fartíssimo, com umas quatro variedades de pão, mas todas elas à venda na prateleira do supermercado). Os sucos são feitos à base de fruta mesmo, e também são batidos na hora. O segundo detalhe é o horário em que é servido o café: até as 10h30 durante a semana e até as 11h nos fins de semana. É muito bom poder dormir até tarde (principalmente quando o sr. James Hetfield encerra o show lá pelas 3h da manhã) sem ter pressa para sair da cama logo com medo de perder o café.

hospedagem no rio de janeiro

  • Simpatia da equipe: as moças responsáveis pelos serviços diários do hostel, tais como o café, a faxina e a recepção, são uma fofura. Ágata, Lydia, Glória… <3 Bastante educadas e muito prestativas. Foram bem pacientes, por exemplo, quando pedi orientação sobre como utilizar o BRT. Também deram o toque pra Gra quando a gente estava se organizando para ir para Angra dos Reis e me deram o recado quando recebi uma ligação de casa.

  • Visual: O Contemporâneo é bonito, moderno e bem conservado. Tem decoração descolada e colorida, quartos com lockers (mas você precisa do seu cadeado) e camas equipadas com tomada, luminária e cesta para guardar objetos, detalhes que fazem toda diferença num quarto compartilhado (é bom ter uma luz individual quando não se pode acender a luz do quarto a qualquer momento, assim como é bom ter uma cesta para objetos quando não se pode simplesmente deixar suas coisas espalhadas pelo quarto). As áreas comuns abrigam exposições de arte, o que dá um clima bem agradável aos corredores. Toalha, cobertor e roupa de cama são fornecidos sem custo. Há também a opção de se pedir para ligar o ar condicionado do quarto em noites mais quentes.

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Pontos negativos

  • Internet: lidei com sinal instável dentro do quarto. Foi necessário ir para o corredor algumas vezes para conseguir acessar a internet sem oscilações. No térreo, onde usei bastante a sala, encontrei mais estabilidade.

  • Muito calor no café da manhã: o café é servido ao ar livre, na área externa, onde à noite funciona um bar contíguo ao hostel. Acho que é um charme poder comer ao ar livre, gosto da proposta e entendo até que há certa funcionalidade nisso, pois é onde há mais espaço disponível para acomodar todos. Porém, quando o termômetro sobe muito, o calor aperta a ponto da gente escorregar na cadeira de tanto suor 😛 O quarto, um ambiente fechado, me pareceu ser mais fresco na comparação.

  • Cozinha: tem fogão, microondas e geladeira, onde podemos guardar nossos alimentos, além de uma caixa com alimentos para uso comum, mas carece de uma variedade maior de utensílios. Só tínhamos duas panelas à disposição, e era meio sem jeito ter que fazer tapioca ou omelete numa panelinha pequena. Também senti falta o tempo todo de um pano de prato. Às vezes você precisa de uma louça imediatamente após lavá-la, sem tempo para esperá-la secar.

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  • Chuveiros: eram meio “de lua”. São aqueles típicos de hotel, com ajuste para água quente e fria. Mas, às vezes, mesmo eu tendo colocado as chaves na mesma posição, tive que encarar um dia água pelando e em outro dia água sem esquentar de jeito nenhum. Essa aleatoriedade é péssima porque, ao invés de tomar banho rápido, gastar pouca água e ganhar tempo, você fica “brigando” com a água até chegar numa temperatura boa.

Um toque

  • Apesar do movimento de hóspedes e das festas constantes que são feitas na área externa, que é transformada em um bar durante a noite, o barulho não chega a ser um problema sério. Consegui dormir bem durante todos os dias em que fiquei lá, mas imagino que isso se deva ao fato de eu ter ficado no segundo andar. No térreo há quartos do lado do banheiro masculino, da recepção, da cozinha e dessa área onde ocorrem as festas. Imagino que o movimento nessas áreas que são de uso comum pode perturbar quem tem sono mais leve e eu ficaria receosa de reservar um quarto nessa parte. Recomendo os andares superiores.

Veredicto
Valeu a hospedagem no Contemporâneo Hostel, principalmente pela localização, que pra mim é sempre o fator mais determinante na escolha de um lugar pra ficar. A facilidade de deslocamento para outros pontos da cidade por meio de transporte público e a proximidade do comércio contam muito a favor. O ambiente amigável proporcionado pelo bom astral e educação das funcionárias também é um trunfo. Os pontos negativos podem ser facilmente revertidos com ajustes.

Os preços, por sua vez, vão depender um pouco do período da sua viagem. Devido à grande demanda em função do Rock in Rio, a diária de uma cama em quarto compartilhado feminino de seis camas saía por um preço salgado: R$ 96. Eu pesquisei em outras datas, sem nenhum evento importante, com antecedências diferentes, e esse valor caiu para uma média de R$ 60, exatamente no mesmo quarto (ainda assim um preço não exatamente baixo para um quarto que pode ser usado por até seis pessoas).

Contemporâneo Hostel
Rua Bambina, 158, Botafogo, Rio de Janeiro
Reserve aqui

O Festivalando se hospedou em parceria com o Contemporâneo Hostel #ap

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4 Comments

  • Fabio Bittencourt
    Posted 5 de outubro de 2015

    Indico o Ocean Hostel Ipanema também, R$60,00 diária no quarto compartilhado, hostel novo, limpo, uma quadra da estação de metrô General Osório e uma quadra do Posto 9.

    • Priscila Brito
      Posted 6 de outubro de 2015

      Bom saber desse também, Fábio! Valeu demais por compartilhar a dica 🙂

  • Carla Boechat
    Posted 7 de junho de 2016

    Ei, galera! Só hoje vi aqui a menção ao blog. Fico feliz em confirmar mais uma vez que as dicas de hostel que dou por lá são mesmo úteis. Tenho tentado visitar cada vez mais hostels por aqui, porque realmente não é tarefa fácil encontrar hospedagem boa com preço bom aqui no Rio.
    Quando estiverem por aqui de novo, deem um alô!
    Beijão!

    • Priscila Brito
      Posted 7 de junho de 2016

      Ei, Carla! Sua dica foi realmente preciosa e eu me hospedaria lá novamente. Muito obrigada e continue mesmo fazendo esse trabalho!

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