Tá bonito, tá empolgante, tá delícia, tá destruidor o lineup do Lollapalooza Brasil 2016, minha gente. Eu sempre consigo pinçar muita coisa que eu quero ver nesse amontoado de nomes que o Lolla traz pra cá, mas estou vibrante acima da média desta vez (apesar de estar #chatiada com a ausência do FFS, a.k.a Franz Ferdinand +Sparks). Consigo enxergar nessas muitas linhas um mosaico interessante de vigor, frescor, umas doses de messianismo e alguma inevitável nostalgia. Tem uma proporção interessante de moças nesse lineup, tem atrações esperadas e uma presença bem mais consistente do hip hop.
E depois de correr os olhinhos por essa imagem, esses são meus sentimentos:
Die Antwoord: apenas destruidora, senhora Lolla. Melhor surpresa do lineup, mesmo com o vazamento uns dias atrás. Me lembro de ter visto gente se descabelando e pedindo a dupla no Sónar, que rola em novembro, e no fim se decepcionando. Mesmo estando sedento por um show, acho que boa parte dos fãs da banda jamais lançaria o Die Antwoord na mesa de apostas do Lolla. Que os sul-africanos sejam tão destruidores no palco quanto a simples presença do nome deles nesse bendito cartazinho do Lolla 2016.
Mumford and Sons: eu aposto muito que tem tudo pra ser um dos shows mais lindos do Lolla. O repertório da banda exala emoção e ainda temos o fator ineditismo em terras brasileiras. Show cheio de frescor para os nossos corações. Junto com a moça aí de baixo, Florence, promete momentos messiânicos.
Eagles of Death Metal: Eles estão láááá embaixo, nas letrinhas menores do lineup, e é capaz de passarem despercebidos. Faço a citação logo aqui no início: 1) porque acho um pecado a banda sair tão discreta assim no lineup; 2) por motivos de Josh Homme. É claro, é muito bom saber que vamos ter o privilégio de ver a banda pouquíssimo tempo depois do seu despertar de um sono muito longo. Saiu nesse mês “Zipper Down”, o primeiro trabalho em sete anos.
Florence and the Machine: a sensação que eu tenho é que este vai ser um show mais “em casa”, em comparação ao do Rock in Rio, mesmo a banda tendo tocado no dia ~indie~ que o festival armou em 2013. E se Florence-toda-poderosa domou fácil aquela multidão de 85 mil pessoas no Rio, imagina o que não vai fazer no Lolla?
Jack Ü: Skrillex e Diplo vão precisar de muito espaço para tocar o terror, assim espero. Por isso, por favor, não coloquem estes moços na tenda eletrônica! Palcão, PFVR. O interessante nisso tudo foi não ter que esperar tanto tempo assim para ver de perto e ao vivo a parceria da dupla, que se formalizou por meio do lançamento de álbum neste ano. Fora isso, é de se notar que Skrillex está quase virando um sócio dos festivais daqui: Lolla 2015, EDC 2015 e Lolla 2016 (neste último caso ao lado de Diplo).
Cold War Kids: Eu fico apenas pensando como compensar uma espera de exatos dez anos em um show que deve durar no máximo 1h15. Foi em 2006 que saiu o primeiro disco da banda e só em 2016 o CWK chegará ao Brasil. Lolla, Popload Gig/Festival, Planeta Terra, Queremos: como vocês conseguiram, produtores? Ou como vocês não conseguiram?
Albert Hammond Jr.: De grão em grão, ou melhor, de stroke em stroke o Lolla vai ajudando a gente a ver os pedaços da banda (primeiro o Julian em 2014, agora o Albert). É o que temos por hora, e é o que talvez a gente tenha por muito tempo, já que o futuro do Strokes é algo sempre ~hard to explain~, com hiatos cada vez mais longos e shows cada vez mais esparsos. Mas ver esse moço de perto já é um grande presente, né, MIGA?
Marina and the Diamonds: é aquela segunda chance que a vida dá, né? Só que vai ter que fazer bonito em dobro também, Marina. E não custa nada a gente ficar ficar de olho nas informações do tráfego aéreo no JFK nos dias que antecederem o show pra ter certeza que não vai ter desculpa de voo cancelado para cancelar o show, como rolou agora em 2015.
Eminem e Snoop Dogg: somados ao Die Antowoord, Eminem e Snoop Dogg formam uma trinca de aposta forte do Lolla no hip hop, alocado para os “andares de cima” do lineup.
Bad Religion e Noel Gallagher: todo ano o Lolla vem com a fatia nostálgica pra fazer a alegria dos indie véio. Traz um 90’s feelings pertinente pra esses tempos em que a música pop vive tanto de revival (olha o Eminem e o Snoop Dogg aí em cima engrossando esse caldo!). Sim, eu sei que o Noel está construindo sua carreira solo, vem com disco novo (“Chasing Yesterday”) e banda própria (High Flying Birds), o que é tudo muito digno (e mostra que ser #TeamNoel na batalha fraternal do Oasis sempre foi um bom negócio). Mas e aquela vontade de só ouvir Oasis no show, #comofaz?
Alabama Shakes e Of Mosnters and Men: figurinhas repetidas do Lolla 2013, mas ao menos ambas as bandas vêm com novidade. Vamos poder ouvir o repertório de “Sound & Color” e “Beneath the Skin”, respectivamente os trabalhos mais recentes das duas bandas.
Tame Impala: parece uma viagem psicodélica a sensação de que eles estão sempre voltando para o brasil, mas não é. É verdade mesmo. Tum Dum Dass. Mas eles têm algo novo para nos oferecer, além daquilo que a gente já conhece: o repertório de “Currents”.
Agora, migas, é só começar a sofrer por antecipação com os conflitos de horário violentos que inevitavelmente vão acabar rolando.
Lollapalooza Brasil 2016
12 e 13 de março
Autódromo de Interlagos, São Paulo
Lolla Pass (válido para os dois dias): R$ 740 (inteira) e R$ 340 (meia)
Vendas: www.ticketsforfun.com.br
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6 Comments
Rodrigo Airaf
Zedd.
Z E D D
ZEDDDDDD
EU TO MORRENDO
TA DIFICIL RESPIRAR AQUI
ESSE VAI SER O MELHOR LOLLA ESCREVAM O QUE EU TO DIZENDO
Priscila Brito
Não sou tão aplicada em Zedd, mas estou MORTA com outras coisas que eu nem imaginava ter no lineup, tipo Eagles of Death Metal. Eu tô amando demais esse Lolla!
Rodrigo Airaf
SERIO GENTE SEM CONDIÇAO EU VOU MORRER
https://youtu.be/O_nq4EsBr9s?t=4m2s
Rodrigo Airaf
http://memecrunch.com/meme/52ED2/morta/image.png
Vinicius Chaves
Eminem, venha por favor.