Trocamos nosso inverno por mais um verão. Viemos buscar o sol de julho acima dos trópicos e as ondas sonoras dos festivais europeus. Foram seis diferentes países musicais – Dinamarca, Suécia, Suíça, Alemanha, República Tcheca e Hungria. Fora aqueles que conhecemos um pouquinho entre uma viagem e outra para festival, como a Noruega e a Áustria.

Conhecemos diferentes culturas, jeitos de festejar e curtir música; pessoas interessantes, mas também pessoas chatas; paisagens bonitas e feias, sujas e limpas, modernas e antigas.

collage_20140825170050092

Vimos como os dinamarqueses amam o sol e tiram uma semana durante o Roskilde Festival para burlar regras e condutas de uma vida inteira na escandinávia.

Ouvimos como o Sueco parece mais um “Italiano” da escandiávia, sendo uma das línguas mais sonoras do norte europeu, o que caiu muito bem com as músicas das indie bands que descobrimos no Popegoja.

Na Riviera Suíça, demos charme e requinte para a temporada 1 do Festivalando, escutando o que havia de melhor no Montreux Jazz Festival, e aproveitando um dos destinos turísticos mais bonitos da Europa.

Desembarcamos na Alemanha e constatamos que o punk resiste, Resist to Exist, um dos maiores festivais de punk e hardcore do velho continente. E que o Wacken não é o maior e melhor festival de heavy metal do mundo por acaso – os alemães sabem como organizar e agitar uma grande festa!

Ao chegarmos à República Tcheca encontramos um festival e público mais agressivos. E também tivemos a oportunidade de ver uma cidade quase onírica, Praga, e aprender que existe o jeitinho tcheco!

Nos apavoramos com o Sziget ao chegar na Hungria e, por vários motivos, não fechamos com chave de ouro essa temporada no quesito festival! Mas foi bom passear pela linda Budapeste e reencontrar nossa terceira festivaleira, a Paula. collage_20140825162248523 Passamos perrengues, raiva, frio, aperto para ir ao banheiro, mas também experimentamos o êxtase de ouvir boa música em vários dias, com shows memoráveis. Ficamos exaustas, sujas, decrépitas e sonolentas. Colecionamos mais algumas tantas horas de vôo, cadeira de ônibus e trem… Duas festivaleiras voltam para o Brasil. Uma fica por mais um tempo em terras escandinavas. Agora, não sabemos se deixamos ou tiramos as pulseirinhas dos nossos braços, se ficamos alegres pelo que fizemos, ou se morremos de saudade de tudo que vivemos. Não sabemos outro destino na vida daqui para a frente senão contar para vocês tudo o que experimentamos – de um jeito que também possamos ajudar e despertar empreitadas festivaleiras por aí.

ger+swe+dk+ch

Queremos muito continuar nossa missão de aliar música e turismo, e conhecer festivais em que ainda não fomos, e lugares aonde ainda não pisamos. A primeira temporada chega ao fim, mas a vontade de festivalar só cresce.

3 Comments

  • Edp
    Posted 23 de novembro de 2014

    Caramba, vc realizou um dos meus sonhos, haha.

    Muito legal sua viagem e vc foi para festivais que me parecem bem distintos, Montreaux x Brutal Assault.

    Estou me organizando para ver se consigo viajar ano que vem, no caso quero ir para Glastonbury e algum festival na Escandinávia, Roskilde, Way Out, Northside, enfim, gosto de algumas bandas de lá e dificilmente elas pisaram em solo brasileiro…aliás, os preços nórdicos são assustadores.

    Ano passado fui para o Werchter, na Belgica, ver principalmente o Depeche Mode. Foi legal também para conhecer como é um festival por lá, fiquei embasbacado com o quanto as bebidas/comidas eram baratas, adorei o fato de poder sair e entrar no festival a hora que eu quisesse e vi que gente mal educada tem em tudo quanto é lugar, tive que mudar de lugar no show do Depeche Mode, pois um grupo de tiozinhos bêbados, resolveu mijar bem no meio do público.

    A propósito, vi seu post no Papo de Homem, queria ter comentado á, mas o Disqus dele exige cadastroZzz.

    • Priscila Brito
      Posted 26 de novembro de 2014

      Ei! Como a equipe do Festivalando tem gente de gostos diferentes (mas também coincidentes em alguns pontos), o conjunto final de festivais fica bem diversificado. É legal porque damos uma visão mais ampla pras pessoas sobre esse mundo dos festivais.

      O que você falou sobre os preços nórdicos é verdade. Eu e a Gra dinheiro até não poder mais lá na Dinamarca. Mas mesmo assim recomendamos muito o Roskilde, foi um dos nossos preferidos nesta primeira viagem.

      Quase incluímos o Werchter neste primeiro roteiro, acredita? Mas quando decidimos tudo os ingressos já estavam esgotados, então a Bélgica acabou saindo da rota.

      Que bom que você leu o texto sobre o Festivalando no Papo de Homem. Esperamos colaborar mais com o site, pois ainda há muitas outras visões sobre essa viagem que precisam ser compartilhadas. 🙂

    • Priscila Brito
      Posted 26 de novembro de 2014

      Ah! Não sei se você já viu, mas temos aqui no Festivalando uma seção em que os leitores contam suas histórias sobre viagens para festivais. Se você quiser contar pra gente como foi a ida ao Werchter, na Bélgica, fique à vontade. A gente recebe os textos no contato[arroba]festivalando.com.br

Leave a comment