Eu precisaria voltar a Liverpool e Buenos Aires para dizer se as duas cidades guardam alguma semelhança, mas posso dizer que há uma coisa que você encontra em ambas: um Museu dos Beatles. Na verdade, duas coisas: inclua o Cavern Club nessa lista. Mas, neste caso, as semelhanças param no nome porque não estamos tratando de filiais de um mesmo estabelecimento.

Apesar do mesmo nome, o museu em cada uma das cidades tem museografia e acervo distintos. Um é, de fato, um museu dos Beatles, enquanto o outro está mais para um museu da beatlemania. Quanto ao Cavern Club, confesso que preferi não visitar o Cavern de Buenos Aires. Acho que “aura” de Cavern só mesmo em Liverpool e olhe lá (sou dessas que acha certas coisas sagradas).

Purismos e diferenças à parte, acho que os dois museus são uma ótima opção de turismo musical para fãs de rock e dos Beatles em variados graus, justamente por eles serem tão diferentes entre si.

Museu dos Beatles em Liverpool – memória e experiência

O Museu dos Beatles em Liverpool chama-se oficialmente Beatles Story e o nome entrega a proposta do local. Ele faz um resgate da história dos Beatles, desde a formação até a carreira solo de cada um dos fab four. A beleza do museu reside na maneira como ele faz isso. A museografia te conduz a uma visita que prima pela experiência. A ideia é te levar para dentro dessa história, através da reconstituição de espaços importantes na trajetória dos Beatles.

É possível caminhar pela Mathew Street, endereço do Cavern. Dá para passar pela fachada do Star Club (essencial para o desenvolvimento da banda ao vivo). Você pode sentar-se nas poltronas do avião da Pan Am que levou a banda para a primeira visita aos EUA (um divisor de águas). Ou, então, entrar dentro do submarino amarelo. Tem ainda um pop-up da capa do Sgt. Pepper’s e uma reprodução da fachada da loja da Apple.

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Tem uma sala sensacional, que nada mais é que um cubículo escuro com vídeos em alto volume da gritaria estridente das fãs nos anos 1960. Dá uma dimensão boa da sensação que eles tinham quando estavam diante das multidões, no palco ou fora dele.

A entrada reserva alguns documentos históricos, como a certidão de nascimento dos meninos e fotos antigas. No fim da visita, há uma sala dedicada à memória do John e um espaço que explora a carreira solo de cada um dos quatro. Tem também a lojinha, com una infinidade de souvenires, então é bom guardar algumas libras para se esbaldar.

O The Beatles Story fica nas docas de Liverpool, no Merseyside (entendedores entenderão). A estação de metrô mais próxima é a James Street. Eu cheguei lá a pé mesmo, depois de ter saído do Cavern (é relativamente perto um do outro). Cheque horários de funcionamento e valores de ingresso no site do museu.

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Museu dos Beatles em Buenos Aires – memorabilia

Eu definiria o museu de Buenos Aires como um micro-complexo de memorabilia dos Beatles. Ele é uma pequena sala com cerca de duas mil peças da coleção do fã argentino Rodolfo Vazquez, que ostenta um registro no Livro dos Recordes como o maior colecionador de objetos dos Beatles.

O interessante do acervo é que ele é rotativo. A coleção de Vazquez tem mais de dez mil itens, mas como o espaço comporta apenas um quinto disso, de tempos em tempos as peças em exposição vão sendo trocadas. Ou seja, é possível que em visitas diferentes você veja peças idem. Quando fui lá, vi de tudo um pouco: canecas, bonecos, vitrolas, perucas, chinelos (um par lançado para promover o “Wingspan”, um dos discos do Paul com o Wings, sua banda pós-Beatles), figurinos, discos e até pedaços de tijolo (um do Cavern e outro do Star Club, em Hamburgo).

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Como eu disse no início, considero o museu na Argentina muito mais um museu da beatlemania do que dos Beatles. Ao contrário do primeiro, ele evidencia bem menos a história da banda e muito mais a devoção e o fanatismo gerado em torno dos Beatles.

Junto do museu há o já citado Cavern, o Star Club Café, que serve pratos batizados com os nomes do quarteto, e a Sala John Lennon, um teatro de bolso.

O Museu dos Beatles de Buenos Aires está localizado Paseo La Plaza, galeria com salas de teatro, bares e lojas. Fica na avenida Corrientes, super central e de facílimo acesso via metrô, entre as estações Callao e Uruguay. Consulte o site do museu para saber horários de funcionamento e preço de ingresso.

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Quem ganha a guerra das Maldivas versão Beatles?

Como sou fã de um modo geral de museus mais metidos a moderninhos, e como nunca fiz questão de colecionar mil coisas dos Beatles, gostei mais da minha experiência em Liverpool. Em Buenos Aires o passeio vale mais pela curiosidade, enquanto em Liverpool é pura emoção e imersão. E vamos ser realistas: como competir com Liverpool quando o assunto é Beatles, não é mesmo?

Apesar das diferenças, uma coisa em comum entre os dois museus é o tamanho. Os dois são pequenos e a visita pode ser rápida em ambos. Mas, em Liverpool, a tentação de tirar foto de tudo e os guias de áudio podem prolongar a visita. De todo modo, recomendo ambos os museus para os fãs da banda. Eles se complementam pelas suas diferenças e, juntos, oferecem um bom panorama do que foi o fenômeno Beatles.

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