O Festivalando contou com a colaboração de Sandra Nunes,  Leitor@ Festivaleir@ assídua na casa para poder contar para vocês como foi o Blastfest 2016, grande festival norueguês que acontece em Bergen. Esse é o segundo texto, no qual ela nos conta tudo sobre como foram as apresentações do primeiro dia de festival😉

Três dias bom(blast)icos, parte I – por Sandra Nunes

O festival Blastfest já passou, mas ainda nos encontramos em fase pós – Blastfest depressiva, a reviver esses momentos e a ouvir os CDS que me foram oferecidos (já passamos a esse capítulo), enquanto vamos relatando aqui os concertos mais marcantes.

Perante uma lista enorme de bandas a serem vistas e revistas, tornou-se obviamente complicado escolher o que eu queria ver, ainda que tivesse de correr de um palco a outro, e observar tudo o que me rodeava e a travar novos conhecimentos e novas amizades para a vida.

O primeiro dia do festival foi passado a fazer algum turismo com passeios pelo centro da cidade e também a fazer o reconhecimento de alguns locais onde eu teria de passar as noites, pois seria tudo a correr, ir a casa (com sorte, estava bem localizada, apenas a 5 minutos de uma das salas onde iria decorrer a primeira série de concertos de aquecimento para os dias seguintes, o infame mas histórico Garage, por onde já passaram diversas bandas, como Nirvana, isto em 1991; e claro as bandas da casa, como por exemplo, Enslaved, Gorgoroth e Helheim, só para pintar a manta de tons negros) alimentar-me e cuidar-me; dormir o necessário e conter-me bastante para as emoções que estavam para vir.

Endezzma
Endezzma

Muito bem, estava quase na hora de ir para o Garage assistir ao primeiro concerto do dia, Hadens, mas tinha uma escolha a ser feita, uma oportunidade para conhecer pessoalmente um dos lendários artistas da cena black metal norueguesa, o grande Kristian “Gaahl” Espedal, que iria apresentar a sua exposição de pintura no Lysverket, caso para dizer que esta parte da missão foi cumprida. Entretanto, já chegada ao Garage, a tempo de apanhar a actuação fantástica de Endezzma, deu para perceber que o público ainda que não seja tão entusiástico é bem contemplativo e gosta de apreciar os concertos com um copo de cerveja na mão, mas de vez em quando, lá se via um ou outro headbanger mais solto, e aí é que as ventoinhas humanas deram jeito (sem ofensa, amigos!) .

Blodhemn

A banda seguinte, Blodhemn, conseguiu arrasar ainda mais o pequeno espaço do Garage, que acolhe cerca de 300 almas, não deixando ninguém indiferente e por acaso também gostei; mas uma das minhas favoritas da noite estava chegar com a forte presença de Voluspaa, com traços de black/folk, que contaram em palco com a ajuda de uma violinista para embelezar o set, e o som estava bem melhorado (trve kudos para Silvio Perugini, que fez um bom trabalho com o som na mesa de mistura!); depois Svarttjern efectuaram uma descarga de black metal que não me atingiu, mas se têm uma forte componente cénica, isso é certo.

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Chrome Division

Mais uma surpresa da noite a cargo de Mistur, que contagiaram o público com o seu black metal com contornos atmosféricos, melódicos e folk, seria capaz de voltar a vê-los, até eu fiquei rendida; e a noite tinha de terminar de forma diferente, amigos, quem melhor do que os grandes Chrome Division para vos deixar de rastos, headbanging e agitação até dizer chega? Pois a banda de Shady Blue e companhia levou-nos ao Inferno de Garage com o seu Rock n´Roll e deram o show da noite, super profissionais e entertainers que põem todo o mundo vidrado com a sua actuação e o momento alto vai para o encore final em que Shady faz a barba ao estilo Lemmy, apresenta-se “ We are Chrome Division and we play Mötörhead” e toca baixo. Apoteose final, agradecimentos e um rápido meet n’greet com ofertas de palhetas, setlists e atenção para fotos e dois dedos de conversa. Simplesmente geniais e assim termina o primeiro dia do Blastfest.

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