Em sua edição de estreia, o Electric Daisy Carnival Brasil chegou chegando com uma boa organização e conseguiu criar uma atmosfera de festa e entrega non-stop, mesmo com contratempos técnicos provocados pela forte chuva que caiu em São Paulo no sábado, 5, e mesmo em um lugar inóspito como é o autódromo de Interlagos, sempre exaustivo pelas largas dimensões e relevo (não importa em quantos festivais eu vá lá; sempre vai existir essa briga pessoal entre mim e a curva do Senna e afins). Mas vamos ao que interessa: como foi o Electric Daisy Carnival Brasil em detalhes? O que teve?

Veja algumas impressões sobre os sets do EDC Brasil

O EDC ***brilhou***

Não foi só na estética. O festival brilhou também em alguns quesitos:

Music non-stop: a programação farta e ininterrupta em todos os palcos e a pontualidade dos shows (mantida mesmo depois da interrupção dos shows por alguns minutos por conta da chuva forte e raios que atingiram São Paulo no início da noite de sábado, 5) não deixou espaço para marasmo

Conforto: instalações como o Mushroom Garden e o Daisy Patch deixaram o árduo autódromo mais amigável. Para a próxima edição, as instalações podiam ser mais numerosas e mais grandiosas. As mesas e cadeiras posicionadas no caminho entre os dois serviram tanto pra se ter uma refeição mais tranquila quanto para descansar um pouco, o que melhora bastante a experiência do público

como foi o electric daisy carnival brasil

Atmosfera: o apelo visual do festival, com instalação de arte e iluminação ultra-colorida, ajudaram a fazer do EDC não só um festival bonito como também a criar uma atmosfera favorável ao clima de celebração que o evento propõe

Para todos: os brinquedos, uma das marcas do festival, eram acessíveis em vários sentidos. Não precisava pagar para brincar e as filas estavam razoavelmente rápidas em todos eles. No sábado, com as interrupções provocadas pela chuva, as filas cresceram um pouco mais, mas ficaram bem abaixo do nível tirolesa-do-Rock-in-Rio

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Reclames na medida: as ativações de marca ficaram concentradas em um canto ligeiramente descentralizado, sem agressividade e sem fazer do festival um outdoor ambulante

Foi mesmo um carnaval

No país do carnaval, fica difícil não cair na tentação da zueira de fazer comparações entre a nossa maior festa e o festival, que leva carnaval no nome. Eu não sei que tipo de carnaval Pasquale Rotella, o chefão do EDC, tinha em mente quando concebeu o festival, mas o fato é que no Electric Daisy Carnival teve:

  • Alegoria. Seria a coruja que move os olhos do Kinetic Cathedral uma prima distante da águia da Portela?
  • Trio elétrico. O boombox art car fez a galera correr pelas vias dos autódromo de Interlagos atrás de um carro móvel ocupado por um DJ

  • Carro alegórico. Uma estrutura com margaridas fluorescentes carregava os performers responsáveis pelas intervenções artísticas em meio ao público
  • Gente fantasiada. Segue uma pequena coletânea das fantasias e adereços avistados em Interlagos:

1. Chapéu de paquita (majoritariamente usado por meninos)
2. Abadás (é sério, gente!)
3. Máscaras, desde aquelas de seres da ficção até as de cabeça de animais (um item que está começando a ficar manjado nos festivais em geral)
4. Chifrinhos pisca-pisca (agradeçam aos camelôs no caminho do festival)
5. Asas de anjo
6. Anáguas
7. Super-heróis
8. Moços bombados sem camisa (em tese não é uma fantasia, mas eram tantos que comecei a achar que era)
9. Também vi um cara solitário vestido de Chaves.

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Brincadeiras à parte, teve principalmente energia e disposição pra se acabar de tanto farrear, não importando a hora nem o tempo, bem típico daqueles dias de folia. A maior parte do público optou por chegar mais próximo da meia-noite e virar a noite e não mingou com a chuva e a lama que tomaram conta de Interlagos no sábado.

Corujinha VIDA LOKA

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Em tese o Kinetic Cathedral é a grande atração visual do EDC, mas quando nossa amiga coruja resolveu acender e arregalar os olhos, lá pelas 23h, só se falava dela ao se comentar a estrutura do palco. Com todo seu olhar de mistério, foi personagem à parte do EDC Brasil. Vocês também não ficaram se perguntando o que essa danada tomou pra arregalar tanto os olhos e ficar tão alerta a noite inteira?

O registro negativo fica por conta da corujinha vida loka #2, aquela do lado direito do palco, que não resistiu à chuva e murchou a cabecinha. Ô, coitada. A iluminação deu conta de esconder o imprevisto, mas prejudicou a imponência do palco, que foi tão propagandeado. No fim, acabou tudo em meme.

#SomosTodosCoruja

Desabou temporal. #comolidar

Quase perfeito: o piso colocado nas áreas frontais do Kinetic Cathedral e do Neon Garden ajudou a evitar que houvesse acúmulo de lama nas áreas mais críticas e onde há maior concentração de pessoas. Faltou o mesmo cuidado no bassPod e por lá, no canto mais afastado do festival, a lama deu as caras com mais evidência

Parada estratégica: foi prudente parar os shows no auge da tempestade, quando rolou raios e tudo, assim como interromper os brinquedos nas duas ocasiões em que a chuva apertou

Indiferente: o público pareceu não se afetar pela chuva e não deu sinal de desânimo. No palco principal, todo mundo só queria saber de levar na cara os bolinhos (de chuva?) do Steve Aoki, que manteve o ritmo insano do set independente da chuva

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Segundo informação ainda não oficial, o Electric Daisy Carnival Brasil terá mais três edições. Nesse tempo, dá para caprichar ainda mais nas instalações (que sejam mais imponentes, assim como os palcos já foram), espalhar melhor as performances artísticas por todo o espaço e repensar a estrutura que dá forma à nossa amiga corujinha, para não se repetir uma falha no cartão de visitas do festival. Variar os brinquedos também será bem vindo. E que venham mais variações e surpresas em outros quesitos também, pra que o festival seja sempre mais do que a gente pode esperar. Até 2016, EDC Brasil.

Ah! Dá uma passadinha lá no post sobre os sets do EDC Brasil enquanto o festival não volta 😉

O Festivalando é embaixador do Electric Daisy Carnival Brasil. Veja todas as informações sobre o festival aqui

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