Atualizado em 17/1/2024 – É uma tentação ir ao país da bota e não querer conhecer um monte de cidades de uma vez só. Cada cidade carrega anos de história e incontáveis pontos turísticos, as distâncias são pequenas e tudo é acessível por trem – cujas passagens têm preços razoáveis. Foi empolgada com tudo isso que fiz um roteiro de sete dias na Itália na minha primeira vez no país. Fui a Roma, Florença e Milão.
Esse foi o roteiro fechado em comum acordo com as minhas amigas, por questões de preferência geral do grupo e logística. Mas as combinações poderiam ter sido várias outras, como você verá mais abaixo no texto. Considero que valeu muito a viagem da maneira que foi, mas hoje prefiro sempre gastar mais tempo num mesmo lugar do que ficar na pressão dos dias contados. Uma forma não é melhor que a outra, é apenas uma questão de preferência. Meu ritmo de viagem hoje é mais lento, só isso.
A estrutura do meu roteiro na Itália
O fato é que esse meu roteiro de sete dias na Itália foi, na verdade, um roteiro de cinco dias “e meio”. A ideia era começar a viagem por Roma, porque fui no fim do ano para passar o réveillon lá. Mas as passagens para Milão tinham o preço melhor. Sendo assim, tive que chegar por Milão e de lá ir para Roma para começar o roteiro desejado. Não é o melhor arranjo, nem de longe, mas foi o que deu pra fazer na época.
Ficou assim o roteiro:
Sábado/Domingo – Viagem BH/São Paulo/Milão
Domingo – Viagem Milão/Roma
Segunda/Terça/Quarta – Passeios em Roma
Quinta – Viagem Roma/Florença + Passeios em Florença
Sexta – Viagem Florença/Milão + Passeios em Milão
Sábado – Passeios em Milão
Sábado/Domingo – Viagem Milão/São Paulo/BH
Viajando de trem na Itália
Seja o roteiro sugerido acima ou qualquer outro dentro da Itála, o jeito mais rápido de viajar internamente é de trem. E costuma ter um preço bem razoável também. Na viagem acima, fiz Milão/Roma em três horas; Roma/Florença em 1h30; e Florença/Milão em 1h50.
Mais uma vez, repito que este é apenas um dos muitos roteiros possíveis dentro da Itália. Só para dar um exemplo, tendo como referência as três cidades deste roteiro, a partir de cada uma delas você poderia traçar rotas completamente diferentes viajando de trem:
- De Roma: para Nápoles ou Pompeia (não mais que 2h30). A propósito, há quem faça o trajeto Roma – Nápoles – Pompeia no mesmo dia, pois as duas últimas cidades são super próximas.
- De Florença: para Siena, Pisa (não mais que 1h30 de viagem), Bolonha ou Arezzo (não mais que meia hora de viagem)
- De Milão: para Verona, Gênova (aproximadamente 1h30 ou 1h40), Bergamo (2h) e Veneza (2h30)
Imagina quantas combinações não seriam possíveis?
Para comprar as passagens com segurança, vá direto ao site da TrenItalia, a principal empresa ferroviária do país. Procure por passagens nos trens chamados de Frecciarossa. Eles são de alta velocidade e super modernos, garantindo trajetos tão rápidos como estes que eu fiz. Comprar com antecedência pode garantir preços melhores.
Evite trabalho e contrte excursões
Se preferir, você pode contratar excursões que saem de Roma para diferentes cidades italianas. É uma praticidade para quem está sem tempo de fazer a pesquisa e todas as reservas por conta própria. São muitas as opções, e você pode contratar quais couberem no seu orçamento de viagem. Confira algumas opções e clique para verificar a disponibilidade:
Roteiro de sete dias na Itália: Roma, Florença e Milão
Partindo para a promessa deste post, segue um possível roteiro de sete dias na Itália com passagem por Roma, Florença e Milão. Ou, como já explicado, um roteiro de cinco dias “e meio”, já que os deslocamentos engolem alguns dias. É importante ressaltar que, além de apresentar uma dentre várias possibilidades, é também um roteiro apertado em termos de tempo, que se atém ao básico de cada cidade.
Três dias em Roma
Antes de começar o roteiro, uma recomendação: considere fortemente comprar o Roma Pass. Assim como acontece em várias capitais da Europa, este passe te dá descontos em atrações e outras vantagens, como furar filas nos principais pontos turísticos. Nem sempre eu acho que esses passes valem a pena, mas o Roma Pass vale, sim.
Há dois tipos: um válido por 72h e outro válido por 48h. O primeiro te dá entrada gratuita nas duas principais atrações turísticas e desconto nas demais, além de entrada direta no Coliseu sem enfrentar filas e livre acesso ao transporte público pelo período de três dias. O segundo te dá gratuidade na primeira atração turística e todas as demais vantagens pelo prazo de dois dias. Detalhe: Coliseu, Fórum Romano e Palatino contam como uma única atração! 😀
Evite filas no Coliseu e use de graça o transporte público em Roma
Compre aqui o seu Roma Pass e facilite a sua viagem. Você pode comprar pela internet antes da viagem e escolher um ponto de retirada em Roma. Eu optei por retirar no posto do Coliseu e de lá mesmo já fui fazer o passeio.
Dia 1: Roma – Coliseu, Fórum Romano e Monte Palatino
Começamos em Roma pela porção a leste do rio Tibre, onde estão concentradas boa parte das ruínas. O roteiro parte do mais importante e dedica um dia inteiro a atrações que tomam tempo. O Coliseu e o Fórum Romano, especificamente, merecem uma visita com calma, pra dar conta de absorver tanta história e coisa boa pra se aprender. O Palatino pode ficar no meio de ambos, como um “break” na avalanche de informações dos dois demais.
Dia 2: Roma – Vaticano e Trastevere
Hora de partir pra outro ponto super importante de Roma, o Vaticano, seus vários museus e a Capela Sistina. Aqui o Roma Pass não vale, mas você pode e deve reservar o seu ingresso antecipadamente para também evitar filas no Vaticano. Acredite em mim, você não vai querer perder duas horas ou mais esperando pra entrar.
Este é um passeio que também exige calma se você quiser realmente desfrutar de tudo, pois o complexo de museus é vasto e, além das obras expostas nas galerias, a própria arquitetura dos museus é repleta de afrescos e pinturas no teto (não só a Capela Sistina). Há muito o que se admirar.
Evite filas no Vaticano e na Capela Sistina
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Quando você já não aguentar mais olhar obras de arte, é hora de partir pro Trastevere, bairro boêmio e romântico de Roma, onde a noite acontece. Vale reservar um tempo para passear pelas ruelas, ver os prédios históricos e comer comida italiana de verdade com fartura e preço bom. Lembro que uma cantina no bairro me cobrou 20 euros numa entrada, prato principal, sobremesa e taça de vinho.
A lógica de juntar Vaticano e Trastevere no mesmo dia é que ambos localizam-se a oeste do rio Tibre (ao contrário das atrações do primeiro dia, que estão a leste, como todas as grandes ruínas de Roma).
Dia 3: Roma – Panteão, piazzas, fontanas…
Este é um dia mais relaxado, sem a pressão das filas e dos horários de abertura e fechamento das atrações. É hora de visitar as famosas piazzas e fontanas, espaços públicos que são a cara de Roma.
A Piazza della Rotonda pode ser um bom ponto de partida, pois abriga uma das mais famosas e mais bem conservadas construções da Roma Antiga, o Panteão. A Fontana del Pantheon também é uma grande atração. A Piazza Navona (foto abaixo) está nas proximidades – no período das festas de fim de ano, ela abriga um típico mercado de Natal. A Fontana di Trevi, a fonte das fontes de Roma, também está nos arredores.
A famosa Piazza di Spanga está um pouco mais ao norte. Mas vale seguir o caminho até lá, aproveitando a rota da Via del Corso, rua famosa por abrigar lojas de grandes marcas.
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Dia 4: Florença – Santa Maria del Fiore, Galeria Uffizi, Piazza della Signoria, Ponte Vecchio
O dia aqui é apertado. O que ajuda é o fato de tudo estar concentrado no centro histórico de Florença, otimizando o tempo. A sugestão é começar pela imponente e singular catedral de Santa Maria del Fiore e seu Duomo, cuja vista é inescapável de qualquer ponto da cidade.
Para visitar apenas a catedral, você não paga nada. Terá apenas que esperar na fila, que não costuma ser demorada – mas com o tempo restrito, é importante ter atenção ao andamento da mesma.
Para subir até o Duomo (463 degraus!) e ter uma das vistas mais incríveis da vida, é preciso comprar um ingresso que também dá direito a subir o campanário (a torre lateral que você vê na foto, com mais de 400 degraus também) e visitar a cripta e o batistério. Como o tempo é de apenas um dia na cidade, é preciso decidir se será feita uma visita completa às atrações da catedral ou se você vai partir pra outro lugar.
Evite filas na visita à Santa Maria del Fiore
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Caso você prefira não fazer a visita completa à catedral e sobre tempo, a dica conhecer a Galeria Uffizi, que abriga nada menos que obras de Caravaggio, Michelangelo, Rembrandt, Da Vinci e tantos outros grandes nomes da arte. Mas atenção: se você realmente quer visitar a Uffizi, compre os ingressos com antecedência pela internet para evitar adivinha o quê? Sim, as filas. Isso vale tanto para uma passagem corrida por Florença quanto para quem tiver mais tempo.
Evite filas na Galeria Uffizi
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O fim do dia pode ser dedicado à incrível Piazza della Signoria, com suas estátuas imensas a céu aberto, e à histórica Ponte Vecchio. Aqui não precisa reservar nada nem se preocupar com filas. Basta admirar o seu entorno.
Dia 5: Milão – Duomo, Palacio Real e Galeria Vittorio Emanuelle
Segure o fôlego que a viagem ainda não acabou!
Começando pelo básico do básico, vamos ao Duomo de Milão, mais uma catedral de arquitetura impressionante. Admirar o exterior de mármore é só o começo da visita, se assim você quiser.
Você pode entrar na catedral (gratuito) e ainda passear pelo museu do Duomo, a cripta de São Carlos, a área arqueológica (com restos de outras catedrais, no subterrâneo do Duomo) e subir até o telhado. Para todas essas visitas, é preciso comprar ingresso (para uma ou outra atração, um ingresso combinado para todas elas).
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Na Piazza del Duomo tem ainda o Palácio Real, que hoje funciona como museu. Caso tenha apetite por mais arte nesta viagem, é um passeio a se considerar. Quando estive em Milão, o museu abrigava uma mostra retrospectiva completa de Andy Warhol, uma das exposições que mais sempre quis ver na vida!
Quase colada na praça está a Galeria Vittorio Emanuele. Este é um super famoso da cidade por conta das lojas de marcas de luxo, livrarias e cafés. Contíguo à galeria está o Quadrilátero da Moda, região famosa pela altíssima concentração de lojas de marcas luxuosas. Nos limites das vias Monte Napoleone, Alessandro Manzoni, della Spiga e do corso Venezia você vai encontrar lojas do nível de Rolex, Cartier, Tiffany’s, Gucci e Dior.
Dia 6: Milão – Castelo Sforzesco
O roteiro termina nos limites do centro histórico, no Castelo Sforzesco. A construção do século XV abrigou a nobreza de Milão no passado e hoje é a casa de coleções de arte de diferentes vertentes. Tem arte ocidental (inclusive Michelangelo), arte egípcia, arte antiga, um museu da pré-história, dentre outras mostras.
Fora o valor artístico das coleções, a própria arquitetura e história da construção já são um convite para o passeio.
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