Quais são as taxas cobradas pelas plataformas de ingresso?

Comprar ingressos online para festivais, shows e outros eventos no setor de entretenimento significa pagar não só pelo valor da entrada, como também pagar taxas. No mínimo, uma taxa de serviço, às vezes chamada taxa de conveniência, que pode variar de 10% a 20% do preço do ingresso. Mas outras taxas que variam conforme os critérios de cada plataforma também podem incidir sobre o valor final da compra.

A seguir, você confere uma relação das taxas cobradas por diferentes plataformas de vendas de ingressos no Brasil, conforme detalhado pelas próprias empresas em seus termos de uso. Ao final, entenda o que dizem as autoridades sobre a legalidade dessas cobranças.

Eventim

A Eventim chama atenção por ter passado a cobrar uma taxa bastante peculiar desde abril de 2024. Chamada de taxa de administração (discriminada no carrinho como taxa ADM), taxa de estádio ou facility fee, ela é cobrada em determinados eventos realizados no Allianz Parque.

A cobrança fica a critério da produtora do evento, podendo ou não ocorrer. A justificativa é que o valor será utilizado para investimentos na estrutura do local que recebe o evento. Você pode conferir a relação atualizada das taxas cobradas pela Eventim aqui.

• Taxa de serviço
• Taxa de estádio
• Taxa de entrega
• Taxa de retirada

Ticketmaster

A Ticketmaster cobra taxa de serviço, entrega, retirada e juros. Assim como as demais plataformas, a taxa de serviço só incide sobre compras online.

As exceções são o Rock in Rio e o The Town; os dois eventos têm seus ingressos vendidos exclusivamente online na Ticketmaster, mas não há cobrança de taxa de serviço, assim como nunca ocorreu quando o Rock in Rio utilizava a Ingresso.com como sua principal plataforma. Confira a relação atualizada das taxas cobradas pela Ticketmaster aqui.

• Taxa de serviço
• Taxa de entrega
• Taxa de retirada
• Taxa de juros

Tickets For Fun

Além das habituais taxas de conveniência, de entrega e de retirada cobradas por outras plataformas, a Tickets For Fun também cobra taxa de e-ticket, para emissão do ingresso eletrônico. Veja aqui a relação atualizada das taxas cobradas pela Tickets for Fun.

• Taxa de conveniência
• Taxa de entrega
• Taxa de retirada
• Taxa de e-ticket

Ingresse

Além da taxa de serviço, a Ingresse cobra a chamada taxa de processamento, sem esclarecer em seus termos de serviço qual a finalidade da cobrança. Leia aqui as informações fornecidas pela empresa.

• Taxa de serviço
• Taxa de processamento

Shotgun

Por ter um serviço interno de revenda de ingressos, a Shotgun cobra taxas tanto de quem revende um ingresso (taxa de revenda) quanto de quem compra o ingresso revendido (taxa de lista de espera). Assim como as demais, também há cobrança de taxa de serviço. Confira as informações da Shotgun aqui.

• • Taxa de serviço
  • Taxa de revenda
  • Taxa de lista de espera

Sympla, Clube do Ingresso, Ingresso Live e Ingresso.com

Todas essas plataformas fazem a cobrança da taxa de serviço. Veja os termos de uso de cada uma delas para informações atualizadas: Sympla, Clube do Ingresso, Ingresso Live e Ingresso.com.

A cobrança de taxas na venda de ingressos é legal?

A incidência de taxas é legal, mas há ressalvas. No entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça, a cobrança de taxa de serviço é legal, pois ela representa um repasse de custos pelo serviço de intermediação prestado pelas plataformas de venda de ingressos. Nesse contexto, o dever das empresas é de apenas informar o consumidor previamente sobre a incidência das mesmas.

A ressalva vem do Procon. De acordo com o Procon-SP, a cobrança de taxa, mais precisamente a de serviço, só é correta se ela tiver um valor fixo. Da forma como sempre foi praticada, como um percentual sobre o valor do ingresso, é considerada abusiva pelo órgão, já que o serviço oferecido ao consumidor neste caso é o mesmo independentemente do valor do ingresso.

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Crédito da imagem em destaque: Nainoa Shizuru via Unsplash