Como num tradicional joguinho de Atari, Master System ou Super Nintendo, chegou a hora de encarar o chefão na etapa final dessa primeira aventura festivaleira. E o chefão tem nome e morada: Sziget Festival, em Budapeste, na Hungria, pra onde a gente se desloca nesta semana. Ele pode não ser um veterano como o dinamarquês Roskilde (fundado em 1974), nem tão cultuado quanto o inglês Glastonbury, mas é tão ou mais grandalhão e aparentemente poderoso que esses dois festivais que são referência para a história desse tipo de evento na Europa.

Na verdade, o Sziget está acostumado a ser gente gigante desde bebê. Quando nasceu, em 1993, como cria da liberdade trazida pelo fim da União Soviética, entregou para o público 200 shows de uma vez só. Mas isso ainda seria pouco para a fome de gigantismo do evento. Na edição de 2014, que terá a presença honrosa da equipe do Festivalando, serão, em média, 200 eventos por dia, em mais de 50 espaços, ao longo de uma semana, de hoje (11) até a próxima segunda (18). 400 mil pessoas são esperadas e, desse total, três delas (as moças desse site) têm uma única coisa em mente: dar conta disso tudo depois de seis festivais em um mês e meio. Como faz?

Como se já não fosse loucura suficiente se organizar pra dar conta de QOTSA (e Josh <3), Manic Street Preachers, Stromae, Jake Bugg, Lily Allen, Miles Kane, Placebo, Prodigy, Klaxons, Skrillex, Outkast e mais uns outros cincos shows bons por dia, ainda vamos ter pelo caminho atrações extra-musicais que turbinam a programação do festival (e a força desse chefão): teatro, exposições de arte, atividades circenses, praia e, por último mas não menos importante, a promessa de uma festa sem fim.

Até recorde registrado no Guinness o Sziget tem pra reforçar o jeito grandalhão: é do festival o recorde de maior beijo coletivo (2000), de maior pintura coletiva (2003) e de maior mosaico da imagem de uma vaca (oi????, 2006). Fica a expectativa dos possíveis recordes para esse ano: fase mais intensa da primeira temporada do Festivalando? Primeiro festival a nos golpear com um fatality dada a quantidade de atrações? Ainda tenho umas vidas sobrando e, se precisar, aperto X, Y, A e B, tudo junto, pra zerar esse jogo porque pro Festivalando não existe game over.

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