O Ultra Brasil volta em 2015. Não, não volta. Volta em 2016. Provavelmente na Marina da Glória. Não, pera. É no Flamengo. Não vai dar mais. Mudaram pra Quinta da Boa Vista. Vai ser lá não, a justiça e o Iphan proibiram. Vai ser lá sim, confirmaram. Não, pera. Mudaram pro Sambódromo. Agora vai!

O maior drama festivaleiro que a gente viveu em tempos recentes pode ser definido de várias maneiras. Eu diria que uma boa palavra é resistência. A história do Ultra Brasil 2016, que (AMÉM NÓS TODOS) acontece na sexta (14) e no sábado (15) no Sambódromo do Rio, é uma história de resistência: resistência do público que acreditou até o fim que o festival aconteceria e da organização que insistiu até o fim para encontrar um lugar. Inevitavelmente, me vem à cabeça como tema da playlist desse post o Resistance Stage, palco dedicado ao techno e house.

Não vamos entrar aqui no mérito do quanto o lineup agrada em termos gerais ou não (mas vamos comemorar, sim, a soberana Anna figurando como uma das headliners do palco). A ideia aqui é brincar com a simbologia toda que essa história carrega e como a gente pode usar o Resistance para descarregar toda a tensão dessas últimas semanas, que atingiu proporções absurdas nos últimos dias.

E, veja bem, não se trata apenas de tensão passional, do nível fã desesperado, mas também de tensão séria, vivida por gente que está indo de várias regiões do Brasil e até de outros países para o Rio, gente que pagou caro, gastou dinheiro, se planejou, negociou folga, negociou férias e se viu diante do risco de se complicar no trabalho e nas contas.

Se joga no Resistance e descarrega.

carl cox viagem para o ultra brasil

O Resistance Stage promete. E não é só no Ultra Brasil

Sofrências à parte, vale a pena ficar de olho no Resistance Stage em função do que ele vem rapidamente se transformando dentro da história do Ultra. O palco estreou como proposta no Ultra Miami em 2015 e já neste ano começa a caminhar com pernas próprias, transformando-se em um evento à parte, com direito a uma South America Tour.

Ao mesmo tempo em que o Resistance será para nós aqui uma parte da programação do festival, ele será praticamente o festival em si para nossos hermanos. Nestas quinta (13), sexta (14) e no sábado (15), Paraguai, Peru e Chile receberão edições solo do Resistance, o que dá margem para especulações: seria essa uma nova série de shows? Ou um experimento para um novo festival?

Fica a expectativa para o que o Resistance vai se transformar no futuro, e também pelo que iremos viver na sexta e no sábado na Marquês de Sapucaí (cara, quem diria que a gente falaria isso?). No Ultra Europe, o palco teve uma estrutura mais basicona, mas em Miami a pirotecnia rolou solta, com uma estrutura semelhante a uma aranha que soltava fogos pela cabeça.

Escolha seus preferidos, vá celebrar a resistência e faça o warm up com a playlist abaixo!

Resistance Stage – Sexta (14)

Rod B
Renato Ratier
Elio Riso
Anna
Matthias Tanzmann
Art Department
Hot Since 82
Tale of Us

Resistance Stage – Sábado (15)

Riot Gear
Renato Cohen
Sandro Bianchi
Jon Rundell
Pan-pot
Matador
Steve Lawler
Nicole Moudaber
Nic Fanciulli
Carl Cox

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