Quem é leitor@ festivaleir@ uma vez já fica doid@ para voltar! Fato é que a nossa querida Sandra Nunes, ou Sandra Luna Steele virou sócia de carteirinha aqui da coluna! Nossa portuguesinha querida, fã de Satyricon, foi a mais um festival de metal. Dessa vez, no próprio país, numa linda vila portuguesa chamada Vagos, nome que também batiza o festival Vagos Open Air.
Uma das coisas que mais se destacaram no festival foi o camping, que na verdade parece mais uma vila… deixa, vou parar de dar spoiler! Venha ler esse texto delcioso e saber mais sobre esse fest 😉

Uma nova experiência de Camping – Vagos Open Air 2015

por Sandra Nunes

Photo: Carolina Dávila
Photo: Carolina Dávila

Estamos neste momento, em pleno Inverno e a poucos dias de terminarmos 2015 em grande e cheio de recordações, uma delas são as dos festivais de Verão.
Tive a oportunidade de assistir ao Hellfest, Clisson (França) e ao Vagos Open Air, Vagos (Portugal), já vos relatei anteriormente como tinha sido a experiência de acampar no Hellfest e vou agora relatar-vos como foi acampar no Vagos Open Air.

Portanto, se algum dia pensarem em vir a Portugal passar férias no mês de Agosto, especialmente nas primeiras semanas, considerem seriamente a possibilidade de assistirem ao festival Vagos Open Air, na pequena vila de Vagos, que fica localizada cerca de 240 kms de Lisboa.

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Como opções para o camping, temos a área próxima da entrada do festival, praticamente à porta; camping na floresta, estas duas áreas não são vigiadas mas o melhor para assegurar todos os cuidados possíveis são os serviços da Sleep ‘Em All (consultem o link), uma empresa de alojamento em festivais e eventos, proporcionando um novo conceito de acampar de uma forma original, seja através de tendas ao estilo dos índios do faroeste americano (tipis ou teepees), ou tendas tradicionais estilo circo ou ainda as adoráveis quibis de madeira, bem ao estilo das casas dos hobbits no filme “O Senhor dos Anéis” , e ainda as caravanas ao estilo cigano (gipsy caravans) e as tendas redondas estilo feira (bell tents), mas no festival só tinham disponíveis as tipis e as quibis, de acordo com as condições meteorológicas, pois fazia vento nos primeiros dias.

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Foram 3 dias incríveis passados em boa companhia ao som de boa música e a apreciar também o ambiente festivaleiro, simpático e acolhedor da Sleep ‘Em All, que nos proporcionou uma bela surpresa, pois eu e o meu amigo tínhamos reservado uma tenda normal para duas pessoas por 65€ para 3 noites e qual não foi o nosso espanto quando nos deparámos com as “casinhas dos hobbits”, ficámos a gostar logo da ideia ainda nem o festival tinha começado direito J . Dentro da nossa casa, tínhamos já dois colchões bem firmes e preparados sob dois estrados de madeira bem como um candeeiro com lâmpada LED e um gancho no tecto para pendurar o que quiséssemos, o chão era em madeira e tínhamos duas janelas de correr, em acrílico, com cortinas e a porta da casa tinha fechadura e cortina interior.

vargos camping 2
Para ficar mais barata a estadia, convém levar saco-cama, uma almofada que pode ser daquelas de viagem, uma manta polar para as noites frias, toalhas para o banho, bem como os produtos pessoais que entenderem, é que a empresa dispõe destes componentes para aluguer, contudo é sempre um extra inesperado pelo que aconselho mesmo a levar os produtos necessários para que a estadia seja mais confortável e econômica.

Em relação às necessidades básicas, mais propriamente os duches e as idas ao WC, posso dizer que as condições para os duches são assim fraquitas, as instalações são ao ar livre e claro, duches colectivos, sem privacidade pois faziam falta umas cortinas; as torneiras dos chuveiros são demasiado altas e no meu caso, tive de pedir a alguém mais alto que eu pudesse deixar a água correr e não fechar a torneira para eu aproveitar a minha vez.

A temperatura da água era normalmente fria, se bem que havia alturas em que estava morna. Não contem com o anúncio dos duches quentes, é mesmo uma questão de sorte caso o tempo esteja a nosso favor, durante o fest fez vento, as manhãs frescas e as tardes quentes e as noites frias. Só no último dia é que o tempo acalmou mesmo.

vargos camping

Sobre os WCs, estes encontravam-se apresentáveis sob a forma de cabines portáteis, nesse aspecto, tive sorte no que toca a gestão de visitas, e os adereços sempre presentes, nomeadamente os rolos de papel higiênico, os sabonetes líquidos e os papéis para a limpeza das mãos. Sempre é bom incluirmos também alguns destes adereços na bagagem para que as idas ao WC não se tornem um pesadelo. Eu consegui gerir a ingestão de líquidos, por isso as visitas ao WC não eram tão frequentes. Já vi situações piores, daí todos os cuidados serem importantes e mais que necessários, mas cada um sabe de si e dos riscos a que está sujeito.
Para terminar este relatório, falta salientar a importância da alimentação, eu levei sempre alguns enlatados, alimentos fáceis de preparar, embalagens de líquidos e sim, o factor poupança é a palavra-chave para o sucesso nestes casos; perto do recinto do festival, há o quartel dos Bombeiros que dispõe de refeições quentes a preços bastante acessíveis (ouvi dizer que eram cerca de 6€) para aqueles que preferiram não ir com muita bagagem para o festival e depois mesmo dentro do recinto dispunham das ditas tendas de comes e bebes; temos de saber gerir também as horas das refeições, principalmente antes da hora da abertura das portas do recinto, aproveitar os intervalos durante os concertos, levando umas barritas de cereais bem acondicionadas na mala, falo por mim porque fui festivalar em termos de trabalho para outra companhia, mas não queria deixar de vos relatar como foi esta experiência no campino, pois fiz tudo de forma calma e relaxada, sem pressas e correu bem, excepto uma situação que não aconselho nada, foi por mero esquecimento, não me lembrei de trazer um tupperware para proteger as minhas queijadinhas que vinham embrulhadas em papel, do ataque das formigas, tupperwares e sacos de plástico ajudam a proteger a comida, hehe…fora isso passei neste teste de sobrevivência. Espero ter-vos sido útil.

Não se esqueçam de conferir o Vagos Open Air  e ficar no camping da Sleep ‘Em All e de se divertirem! Até 2016!

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P.S. Nota da escriba(atualização)

Na altura em que escrevi este texto, estava longe de saber que esta edição do festival tinha sido a primeira e última a que pude assistir. Infelizmente, a promotora do evento, Prime Artists, decidiu rescindir contrato com a Câmara Municipal de Vagos , alegando falhas a nível de logística, e mudar a localização do evento para uma localidade (Corroios) que fica mais próxima de Lisboa, a capital. E manteve o nome VOA ( a sigla do Vagos Open Air), não é de todo agradável irmos a um evento com o nome da antiga localização, pelo que vamos deixar de lado e ver o que a Câmara de Vagos, que sempre cumpriu com os seus deveres, consegue arranjar para fazer com que os habitantes desta vila fiquem felizes e continuem a oferecer boas oportunidades de turismo e boa música para os festivaleiros fiéis à causa. Cruzemos os dedos para que a vila de Vagos não fique fora do mapa dos festivais.

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