A música torna o mundo um lugar mais fácil e melhor. E cria conexões de um jeito quase instantâneo, mesmo que você não entenda uma palavra do que está sendo dito. Em uma viagem para um país estrangeiro, esses poderes combinados podem ser o visto de entrada pra que a gente se sinta mais confortável num lugar estranho.

De maneira consciente, eu e Gra sempre preparamos uma playlist de viagem relacionada ao festival ou ao país pra onde vamos como uma forma de warm up. De maneira inconsciente, esse ritual da playlist às vezes é essa tentativa de conexão com o que nos aguarda no próximo aeroporto ou estação.

Se você está com partida marcada para a Europa ou para países como a Dinamarca, Suécia, Alemanha, República Tcheca, Hungria ou Holanda, e está em busca de uma playlist de viagem para a Europa, pode pegar carona com a gente. Temos playlists que foram a trilha sonora de nossas viagens até esses destinos e podem servir de trilha pra você também.

Playlist de viagem para a Europa – a sonhada Eurotrip

Começando com tudo, uma playlist geralzona para uma das viagens dos sonhos de muita gente: uma eurotrip. Aperte o play pra passear pelas capitais do Velho Continente.

Dinamarca – descobertas rock

Essa playlist nasceu à moda antiga. Eu e Gra tínhamos acabado de chegar na Dinamarca e estávamos terminando de colocar o Festivalando no ar, dias antes do Roskilde. A casa do anfitrião que nos hospedou tinha uma estante IMENSA na sala, de parede a parede, com CDs de todo tipo de música.

Decidimos, então, explorar a biblioteca musical em busca de artistas locais pra gente começar a se ambientar ao país (olha o que eu disse no início). Ouvimos Volbeat, Raveonettes e Mercyful Fate, e também viajamos em descobertas sessentistas e setentistas, como Steppeulvene e Alrune Rod, dois ícones da psicodelia dinamarquesa.

Suécia – uma terra de extremos (musicais)

A Suécia é uma fábrica de bandas pop com hits chiclete e altamente eficientes. E com uma coincidência incrível: vocais femininos dominam. Ao mesmo tempo, tem uma das cenas de heavy metal mais respeitadas dentro e fora do país. A gente se tocou dessa dualidade quando se preparava para ir ao Popegoja, festival de novos nomes da cena indie do país, em Malmö. Achamos que seria um experimento divertido de se fazer juntar os dois mundos numa mesma playlist. Alternados. Tipo assim: uma porrada, um beijo; uma porrada, um beijo.

Alemanha – resistência punk

Um detalhe que me chamou atenção nas duas semanas que passei em Berlim foi ter me esbarrado com a cultura punk de um modo ou de outro. Por duas vezes vi o mesmo casal de punks e tive a oportunidade de conhecer o único museu no mundo dedicado aos Ramones. Detalhe: fui a Berlim para um festival de punk, o Resist to Exist.

As chances de tudo isso terem sido apenas uma coincidência são mínimas, acredito. A cultura punk ainda resiste de uma forma bastante autêntica na cidade. Prova disso é a playlist que junta algumas das bandas que tocaram no Resist, algumas dos anos 1990, mas muitas fundadas recentemente, com a chegada dos anos 2000.

República Tcheca – à moda local

Às vezes, o motivo da viagem é o condutor do recorte musical. Fomos a Hradec Králové (com uma parada antes de três dias em Praga) para o Brutal Assault, festival de heavy metal no melhor dos cenários: um forte militar do século XVIII. O festival tem um escalação forte de bandas locais e então mergulhamos nelas. O resultado é uma playlist bem característica, com grind, death e modern metal, na contramão das vertentes predominantes na cena de metal em outras partes do mundo.

Hungria – um idioma marcante

Budapeste é linda e essa é uma das melhores memórias que tenho da viagem até a capital húngara para conferir o Sziget Festival. Mas algo que também é marcante e inescapável em uma visita à Hungria é o idioma.

O húngaro é um língua intrigante. Há coisas do tipo “dzs” consideradas consoantes e combinações de letras que resultam em palavras absurdas para falantes do português como Káposztásmegyer. Não me pergunte como é a pronúncia, digo apenas que é uma região de Budapeste. Por outro lado, a sonoridade disso tudo acaba sendo macia, leve, ao contrário do que tantas consoantes podem sugerir.

A playlist que foi trilha dos nossos dias por lá dá uma amostra disso. O Sziget tem um palco exclusivo para bandas húngaras e juntamos todas as que tocaram quando fomos no festival em uma única lista.

Holanda – uma viagem daquelas

Gente, desculpa, mas não deu para evitar o trocadilho. A Holanda, mais precisamente sua capital, Amsterdã, é o centro mundial da erva. Isso não passa em branco na playlist a seguir. A Gra, que visitou bastante a Holanda do ano passado pra cá, fez uma seleção de músicas que tratam das paisagens, da farra, da psicodelia, dos amores e das ~viagens~ que Amsterdã proporciona.

Viajando ou não, a gente adora playlist. Toda semana tem uma nova e pra ouvir é só você seguir a gente no Spotify 😉

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2 Comments

  • Renan
    Posted 4 de outubro de 2017

    Imagina as playlists de França e Itália? Tipo pra se sentir nas estradas desses países e saboreando o melhor da culinária local.

    • Priscila Brito
      Posted 4 de outubro de 2017

      Olha, você acabou de dar umas ideias boas de playlist… hahaha

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