Dia 8 de março, o próximo domingo, é o dia internacional das mulheres. E o Festivalando, que é feito por mulheres – Gracielle Fonseca e Priscila Brito, com a colaboração de Paula Silva, não poderia deixar de fazer algo especial para essa semana. A partir de hoje você vai ler artigos focados na temática feminina no nosso Especial mulher.

Essa data, para quem não sabe, é um marco para lembrar as lutas organizadas pelas mulheres europeias que no início do século XX estavam em busca de melhores condições de trabalho e direitos políticos. Foram muitas passeatas, enfrentamentos violentos, greves e protestos. Em 8 de março de 1917, trabalhadoras da indústria têxtil Russa deram um basta e organizaram uma grande greve para pedir direitos políticos, protestar contra a fome e a guerra. Porém, há datas diferentes e anteriores em que também se comemorou o dia internacional da mulher. Foi a partir de 1977 que a Organização das Nações Unidas adotou 8 de março como a data oficial. Para se aprofundar nessa história, leia mais aqui.

Hoje em dia, parece que a data fica um pouco esvaziada de significado. “É o dia de dar flores e bombons para elas”, dizem os comerciais na televisão. Mas não queremos flores e chocolates. Queremos ganhar a mesma quantidade de dinheiro, ter as mesmas oportunidades de trabalho, mesmo espaço e visibilidade. Queremos divisão das tarefas e o fim da jornada tripla para a mulher, e que os pais ensinem aos filhos mais lições sobre um mundo justo e igualitário entre gêneros, que extrapole a lição sobre a liberade de meninas e meninos para usarem rosa ou azul.

E o que as mulheres festivaleiras querem? Queremos festivalar sem medo, queremos ver mais bandas formadas por mulheres nos palcos principais, queremos ser tratadas com respeito ainda que usando shortinho e biquíni no festival – por que se você pode ficar sem camisa, e às vezes até só de cueca, meu amigo homem, qual o problema em eu mostrar o que quiser do meu corpo? Queremos mais ingressos, menos desrespeito, mais amor e compreensão e um mundo em que não importa de onde você vem ou o que você tem entre as pernas.

A todas as mulheres, fica aqui a nossa lembrança de que dia da mulher é dia de luta. Não se desanimem. Homens, juntem-se a nós.

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